O canal The CW vem trabalhando a toque de caixa numa série em live-action sobre As Meninas Superpoderosas. Antes disso, porém, outra série animada cultuada pelas crianças do início dos anos 2000 ganhou uma versão neste formato. Sim, estamos falando de “O Clube das Winx”, cuja adaptação estreou na Netflix em janeiro. Intitulada “Fate: A Saga Winx”, a atração apostou em tom adulto e sombrio para dialogar com sua base de fãs que amadureceu.
Com apenas 6 episódios de 50 minutos de duração, o programa criado por Brian Young (The Vampire Diaries) – e inspirado na obra do italiano Iginio Straffi – é protagonizado por Bloom Peters (Abigail Cowen, de O Mundo Sombrio de Sabrina), jovem que ingressa em Alfea, uma escola para fadas situada no chamado “Outro Mundo” – lar de seres místicos. Lá, a jovem busca aprender a utilizar seus poderes, bem como procura pistas sobre sua real origem.
Tons mais escuros
Aos poucos, o roteiro conduz Bloom a descobrir que, nesta realidade mágica fora da Terra, há grandes perigosos escondidos nas sombras a cada canto. Para começar, surgem as criaturas conhecidas como Queimados, que tentam penetrar a barreira em volta de Alfea. O que a protagonista não desconfia é que há fadas infiltradas querendo colocar os monstros para dentro das fronteiras, além de esconderem no castelo um passado para lá de obscuro.
Claro que, por se tratar de um seriado voltado para jovens adultos, o título desenvolve as relações particulares das personagens. No caso de Bloom, cresce seu interesse por Sky (Danny Griffin, de Magnatas do Crime), um dos especialistas (entenda como “guerreiros”) treinados para proteger o reino de Solaria – onde fica Alfea. Acontece que o rapaz vem de um relacionamento complicado com a Princesa Stella (Hannah van der Westhuysen, de The Fugitives).
Magia da inclusão
Embora não seja tão diversa como a animação, Fate: A Saga Winx trabalha bem as diferenças entre as protagonistas, abordando questões como gordofobia e empatia, bem como a necessidade da colaboração entre elas. O grupo de Bloom traz Aisha (Precious Mustapha, de Endeavour), Musa (Elisha Applebaum, de Undercover Hooligan) e Terra (Eliot Salt, de Normal People), que, respectivamente, manipulam a água, mente e os recursos naturais.
Além disso, a série explora a busca de aceitação de Dane (Theo Graham, de Hollyoaks), um especialista queer.
Veredito
Com 2ª temporada já confirmada, a atração surpreende por ser cativante e sinistra na medida certa, criando uma atmosfera que parece a mistura entre Riverdale e Harry Potter, com doses de mistério e fantasia que te fazem ansiar pelos próximos capítulos.