O Gambito da Rainha abre portas para belezas e mazelas do xadrez

O Gambito da Rainha abre portas para belezas e mazelas do xadrez

Vencedora de 2 Globo de Ouro, a minissérie O Gambito da Rainha estourou pelo mundo assim que foi lançada em outubro do ano passado na Netflix, batendo recordes de audiência. Baseada no livro homônimo do norte-americano Walter Tevis, a atração conquistou o público ao mostrar as vitórias de uma jovem jogadora de xadrez em um ambiente predominantemente habitado por homens, bem como sua luta contra a dependência por álcool e tranquilizantes.

Em apenas 7 episódios de quase 1 hora de duração, a adaptação criada por Scott Frank (diretor de Caçada Mortal) e Allan Scott (roteirista de Convenção das Bruxas) tem sua história iniciada na década de 1950 e vê a maior parte de seus acontecimentos estabelecida durante os anos de 1960, no conservador estado do Kentucky (EUA). É lá que conhecemos Beth Harmon (Anya Taylor-Joy, de Fragmentado), que desponta como prodígio do xadrez mundial.

Esporte como transformação de vida

Acontece que Beth é órfã, tendo passado grande parcela de sua infância e adolescência num abrigo para jovens abandonados. Neste período, a menina descobre seu fascínio pelo jogo de tabuleiro no qual o zelador, Mr. Shaibel (Bill Camp, de Coringa), investe seu tempo ocioso. O talento nato e a dedicação de Beth logo passam a guiar todos os seus dias e escolhas de vida, uma vez que ela inicia carreira em competições escolares até torneios de pequeno porte.

Colocando o machismo em xeque

É claro que a presença da protagonista em uma época, localização e área de atuação majoritariamente machistas rende situações complicadas, nas quais Beth conta apenas com seu talento para superar qualquer preconceito. É assim que ela acaba conquistando o respeito e a amizade de jogadores mais maduros como Harry Beltik (Harry Melling, de “Harry Potter”) e Benny Watts (Thomas Brodie-Sangster, de “Maze Runner”), que a ajudam e a treinam.

Vício para competir

A jornada vencedora de Beth tem um enorme “porém”. Desde criança, a personagem nutre um vício por tranquilizantes, visando se sentir “bem” e com o “bônus” de que as substâncias lhe fazem “enxergar melhor” o jogo. Esse problema de dependência se torna pior quando ela se aproxima de bebidas alcoólicas, que impactam em sua vida como celebridade e seus planos de vencer o melhor do jogador do mundo, o russo Borgov (Marcin Dorocinski, de Cape Town).

Veredito

Com atuação ganhadora do Globo de Ouro de Anya Taylor-Joy, O Gambito da Rainha é uma produção do mais alto nível, que tira o máximo de emoção de um elenco jovem e carismático, encanta pelos figurinos de época caprichados e, com tudo isso, serve de convite para que as novas gerações se interessem pelo xadrez.

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