Em 2021, o Capitão América celebra 80 anos de sua criação. Obviamente, a data não poderia passar batida nas HQs e a nossa felicidade é que, aqui no Brasil, também conseguimos comemorar em tempo a data com Capitão América: Especial de Aniversário, publicada pela Panini e que acompanhou a incrível A Verdade: Vermelho Branco e Negro (leia a resenha) à redação do BN.
Em quase 50 páginas, o gibi revisita histórias clássicas com artes reinterpretadas por artistas de renome convidados pela Marvel. Para dar espaço e diversificar ao máximo a obra, cada página ficou a cargo de uma equipe criativa. Assim, podemos ler “Conheça o Capitão América”, que narra a origem na qual Steve Rogers recebe o soro, com a arte de John Cassaday e Laura Martin em uma página, enquanto Salvador Larroca e Jason Keith assinam outra e assim por diante com outros artistas.
Já em “O Enigma do Caveira Vermelha”, Adam Kubert e Jesús Saiz são dois dos nomes que chamam a atenção na trama de origem do vilão desfigurado. Para completar, a trama “Capitão América Entra Para os Vingadores”, que mostra o primeiro encontro do Bandeiroso com a superequipe da Marvel, logo após ser descongelado, traz o maior número de artistas da edição, com Joe Bennet, Patrick Gleason, Alex Ross e Mark Bagley, dentre outros.
O jovem Bucky
Além dos nomes talentosos envolvidos na produção, outro ponto interessante de Capitão América: Especial de Aniversário é a dinâmica das histórias, que evidenciam como se fazia HQs há 80 anos. Com enredos mais simples, as tramas se desenvolviam em poucas páginas e traziam certa inocência que, quando paramos para ler nos dias de hoje, chega a causar uma certa estranheza.
O maior exemplo disso é a figura de Bucky, que originalmente era o mascote mirim do Forte Lehigh, regimento no qual Steve Rogers servia. Aliás, a identidade do Capitão América era mantida em segredo, algo que só permanece até o Sentinela da Liberdade convidar o jovem para ser seu parceiro, usando uma simples máscara para ocultar seus olhos.
Parceiro mirim, pequena máscara… sim você já viu isso antes. O Capitão América já teve seus dias de Batman com direito a um “Robin” para chamar de seu, e a participação de Bucky cumpria o mesmo papel do Menino Prodígio da DC: representar a figura do leitor ao lado de seu herói. Só que, ao invés de sentar o sarrafo na bandidagem deformada de uma cidade assustadora, a ideia aqui era socar soldados nazistas em plena Segunda Guerra Mundial.
Comparações à parte, Capitão América: Especial de Aniversário é uma leitura rápida, divertida e imperdível para quem é fã do personagem comemorar a data.