Em Godzilla II, Rei dos Monstros tem retorno colossal

Rafa Tanaka

A Warner Bros. Pictures deu o pontapé a seu “Monsterverse” com Godzilla (2014) – num retorno morno para a franquia, devido em seus personagens humanos – e Kong: A Ilha da Caveira (2017), que sinalizou um caminho mais acertado para este novo universo compartilhado. O próximo passo é Godzilla II: Rei dos Monstros (Godzilla: King of the Monsters, EUA/Japão, 2019), que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (30/05), uma continuação digna da realeza.

O filme segue os acontecimentos primeiro título. Após o incidente da última batalha em San Francisco, a MONARCH – empresa responsável por inspecionar criaturas – decide criar um dispositivo capaz de monitorar ondas de frequência dos Titãs, para estabelecer contato com os gigantes. No entanto, o dispositivo é roubado por terroristas, que planejam destruição e desequilíbrio à humanidade ao promoverem uma batalha entre os monstros.

Prepare-se para uma luta de proporções sem igual. (Foto: Warner)

Um dos maiores pontos positivos é atribuir o maior foco da narrativa para Godzilla, Ghidorah, Mothra e Rodan. O que foi uma grande decepção há 5 anos, agora faz nossos olhos brilharem, pois, o tempo de tela dado às criaturas é muito maior e significativo. Afinal, um embate grandioso, de ampla devastação, travado por Titãs defendendo seus territórios era o que poderíamos esperar destas produções, elementos  que se mostram mais atrativos que o drama na perspectiva das pessoas ao redor.

Quem anseia por um roteiro bem amarrado, pode se frustrar – especialmente se a expectativa estiver nos personagens vividos pelos atores Vera Farmiga (Invocação do Mal), Mille Bob Brown (a Eleven, em Stranger Things), Charles Dance (Game of Thrones) e Kyle Chandler (Super 8), que são pouco explorados, tendo suas tramas usadas como pretexto para confronto monstruoso.

Godzilla II: Rei dos Monstros é um espetáculo visual. (Foto: Warner)

Apesar da direção competente de Gareth Edwards em 2014, o comando desta sequência Michael Dougherty (Krampus: O Terror do Natal) é excepcional, demonstrando compreensão sobre as razões do Rei do Monstros, além de enaltecer sua importância e coroá-lo com a trilha original dos anos 1960. Particularmente, fiquei arrepiado e com a sensação de aos meus 10 anos, assistindo aos clássicos na TV da sala de casa.

Godzilla: Rei dos Monstros é o filme que todos queríamos desde antes e recebemos de braços abertos em 2019. Se você é um fã deste gênero, pode ir ao cinema sem medo, porque irá se impressionar com toda a magnitude das lutas. Sim, o Rei está de volta e do jeito que precisava.

O longa tem 1 cena pós-créditos.

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