Doom Patrol: super-heróis esquisitões conquistam em série do DC Universe

Concebida pelos quadrinistas Arnold DrakeBob Haney Bruno Premiani, em 1963, e revitalizada por Grant Morrison e Richard Case no ano de 1989, a aclamada Patrulha do Destino estreou neste ano em live-action, na série produzida pelo serviço de streaming DC Universe. Do showrunner Jeremy Carver (Supernatural), a atração conta a história de origem dos super-heróis mais disfuncionais da DC Comics, numa trama que destrincha as profundezas de suas personalidades, traumas e virtudes, frente a um mundo mais caótico e bizarro do que estamos acostumados.

Composta por 15 episódios, a 1ª temporada do programa descreve seus protagonistas como excluídos, com problemas físicos e mentais que impossibilitam seu retorno à sociedade, como Morrison destaca em sua fase nos quadrinhos. Aqui, Crazy Jane (Diane Guerrero, de Orange Is the New Black), Larry Trainor (Matt Bomer, de White Collar), Rita Farr (April Bowlby, de Two and a Half Men) e Cliff Steele (Brendan Fraser, de A Múmia) juntam-se a Niles Caulder (Timothy Dalton, de 007 Marcado para a Morte), o Chefe, para entender suas situações bastante peculiares.

Doom Patrol demonstra grandes acertos no elenco e caracterizações. (Foto: DC Universe)

Porém, o grupo de apoio se descobre mais como frente de defesa da humanidade contra ameaças que a Liga da Justiça não está preparada para derrotar, como são Decreator (entidade destinada a acabar com toda criação) e o Sr. Ninguém (Alan Tudyk, de Rogue One: Uma História Star Wars) – este o principal vilão da trama. Rejeitado pela Irmandade do Mal, o antagonista busca provar seu valor sequestrando Chefe, o que dá início à jornada de formação da Patrulha do Destino – que demora a se assumir como uma equipe de super-heróis.

O diferencial de Doom Patrol é justamente mostrar seres extremamente traumatizados, que, apesar de superpoderes, sofrem com problemas bem relacionáveis com o mundo não ficcional. Enquanto Crazy Jane lida com 64 personalidades criadas a partir do abuso sofrido na infância, Cliff está preso num corpo mecânico que lhe afasta da filha e Rita Farr tem sua beleza comprometida pela instabilidade molecular. Larry Trainer, além de dividir seu corpo com o Espírito Negativo, amarga não ter assumido sua homossexualidade com seu grande amor.

Buscando aceitação, Larry Trainor canta People Like Us, de Kelly Clarkson. (Foto: DC)

Repleto de participações especiais, que vão desde a Patrulha do Destino original (formada por Mento, Rhea Jones, Celsius e Joshua Clay), Danny, a Rua, Beard Hunter (Tommy Snider, de Debi & Lóide 2), o templário Willoughby Kipling (Mark Sheppard, de Supernatural) e Flex Mentallo (Devan Long, de Bosch), a série realmente dá espaço para Ciborgue (Joivan Wade, de A Primeira Noite de Crime). Herói carreirista, o jovem não só lidera o time, como descobre o avanço de sua parte robótica, assim como desvenda os segredos de seu pai, Silas Stones (Phil Morris, de Espartalhões).

De narração inteligentemente elaborada, humor muito ácido e capítulos absolutamente nonsense, o spin-off de Titãs transcende o gênero de super-herói, nos brindando com um espetáculo audiovisual que procura usar todos os recursos possível para explorar os pensamentos e sentimentos de seus protagonistas.

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