Eles foram ridicularizados devida a suas caracterizações, criticados antes mesmo de sua estreia, mas, os Titãs, enfim, alcançaram a redenção com a estreia de sua 1ª temporada no DC Universe, serviço de streaming oficial da DC Comics, lançado no dia 15 de setembro deste ano nos Estados Unidos. Em um ano bastante delicado para a Casa das Lendas – após sofrer críticas em produções feitas para os cinemas e televisão –, a aposta na série em live-action de super-heróis mirins provou-se um tremendo acerto, reconhecido pelos mais exigentes entre os DCnautas.
Criação assinada pelo trio de showrunners Greg Berlanti (Arrow, The Flash, Supergirl, Legends of Tomorrow e Black Lightning), Akiva Goldsman (A Torre Negra) e Geoff Johns (Aquaman), a atração tem sua temporada inicial composta por apenas 11 episódios com cerca de 45 minutos de duração. Na dinâmica de uma road trip, Titans (título original) tem sua história concentrada na misteriosa origem da jovem Rachel Roth (Teagan Croft, de Ficção Científica Volume Um: O Legado de Osiris) – a Ravena –, que sofre para controlar habilidades supostamente demoníacas.
Aos poucos, a produção vai ligando Dick Grayson (Brenton Thwaites, de Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar) – o Robin que abandou a parceria com Batman –, Koriand’r (Anna Diop, de 24: Legacy) – que precisa relembrar sua missão como Estelar – e Gar Logan (Ryan Potter, de Supah Ninjas) – garoto capaz de se transformar em um tigre. Em suma, o seriado dos Titãs mantém o foco em explicar as origens de seus quatro protagonistas e, ao mesmo tempo, reuni-los como uma equipe, explorando os dramas e a extensão dos superpoderes de cada um.
Além de muitas referências a Batman, Mulher-Maravilha e Superman, é interessante ver como a primeira temporada da série trabalha personagens periféricos em participações especiais, como Hank Hall (Alan Ritchson, de Smallville: As Aventuras do Superboy) e Dawn Granger (Minka Kelly, de (500) Dias com Ela) – o casal de vigilantes Rapina e Columba –, Jason Todd (Curran Walters, de Mulheres do Século 20) – o novo Robin –, e Donna Troy (Conor Leslie, de The Man in the High Castle) – treinada pela Princesa Amazona –, que se junta ao time dos Titãs.
O mérito da produção é construir uma narrativa bem amarrada, que espalha ramificações para a segunda temporada – com as presenças de Superboy e Krypto, o Supercão, numa cena adicional da season finale –, como também para a extensão do catálogo do DC Universe, dedicando um episódio inteiro à Patrulha do Destino, que estreia em programa solo em 15 de fevereiro. Embora abrace o DNA sombrio dos últimos anos, a aventura gera carisma e bom divertimento, mesmo entre pancadaria e tiroteios – prepare-se para ver sangramentos e ossos quebrados!
No Brasil, DC’s Titans será disponibilizada pela Netflix em 11 de janeiro.