Muitas vezes, olhamos para os céus esperando por respostas. Mas, e se a solução dos problemas vier das profundezas do oceano? Não dá pra negar. Havia certa tensão sobre o futuro da DC Comics nos cinemas, especialmente por conta de incertezas com atores, projetos que não saem do papel e pela sua dificuldade em apresentar um universo que funcione de forma coesa e consistente. Se o filme Mulher-Maravilha provou que há esperança, Aquaman (Aquaman, EUA, 2018), que entra em cartaz nesta quinta-feira (12/12), chega para virar o jogo na Casa das Lendas.
Com 2h23 de duração, o longa-metragem dá sequência aos eventos de Liga da Justiça, com Arthur Curry (Jason Momoa, de Game of Thrones) aparentemente satisfeito com seu status de celebridade, tendo achado seu propósito em salvar os tribulantes de embarcações. No entanto, a real jornada começa quando Mera (Amber Heard, de Fúria Sobre Rodas), uma princesa dos setes mares, pede a ajuda de Aquaman para disputar o trono de Atlântida com seu meio-irmão, Orm/Mestre dos Oceanos (Patrick Wilson, de Sobrenatural), que deseja destruir o mundo da superfície.

História de origem que dá certo, a superprodução manda bem ao utilizar flashbacks para dar melhor embasamento ao super-herói e revisitar seu passado, dando atenção especial para a apresentação de sua mãe, Atlanna (Nicole Kidman, de Cold Mountain). Embora o segundo ato seja mais lento do que o terceiro – em uma jogada para coroar forma como Jason Momoa encarna Aquaman, a obra desenvolve com fluidez (sim, o ator foi a melhor escolha para o papel!) –, algo que funciona como trunfo para aproximar o grande público de um personagem não tão popular.
Na direção da primeira aventura solo de Aquaman, James Wan (Invocação do Mal) acumula pontos por demonstrar habilidade para filmar cenas de ação com movimento dinâmico na troca de ângulos, recurso que torna o momento tão fantástico e, ainda assim, organizado, como podemos ver na beleza impressionante e caótica das sequências criadas sob a água. Um dos maiores acertos do Universo Estendido da DC, Aquaman exibe a influência de Os Novos 52 – com os ideias de Geoff Johns para o personagem – e se mostra mais ambicioso que Batman vs Superman: A Origem da Justiça.
Atenção, pois, Aquaman tem 1 cena pós-créditos.