Doom Patrol: no HBO Max, segunda temporada foca em família

Um dos principais acertos do serviço de streaming DC Universe, o seriado Doom Patrol teve sua segunda temporada anunciada e lançada pelo HBO Max, nova plataforma centralizadora de conteúdo do grupo WarnerMedia. Agora de casa nova, a produção criada por Jeremy Carver (Supernatural) teve sua nova fase composta por 9 episódios (6 a menos que o ano anterior) e apostou numa trama simples, focada na manutenção da família disfuncional de heróis.

Como visto na season finale da primeira temporada, o grupo conta com Dorothy Spinner (Abigail Shapiro), filha de Niles Caulder (Timothy Dalton, de 007 Marcado para a Morte). Como qualquer membro do time, a garota carrega habilidades únicas, que consistem na materialização de amigos imaginários, como os inofensivos Herschel e Darling Come Home ou o perigoso Candlemaker – monstro em forma de candelabro com poder para causar o fim do mundo.

Alcançado por sua mortalidade, Chefe tenta ser o pai que Dorothy sempre mereceu. (Foto: DC)

Acontece que, enquanto aumenta a ameaça de Candlemaker, Caulder (o Chefe) lida com a perda de sua imortalidade – em contraste com a vida extraordinariamente longeva de Dorothy – e todos os outros personagens também ganham narrativas individuais. O primeiro é Cliff Steele (Brendan Fraser, de A Múmia), que procura se aproximar de sua filha que está prestes a casar e ter o primeiro filho. É claro que o jeitão expansivo do Homem-Robô não ajuda muito.

Larry Trainor (Matt Bomer, de Magic Mike), o Homem-Negativo, tem jornada parecida com o restante de sua parentela, mas percebe que nem sempre a redenção é uma possibilidade. Família também é o assunto da saga de Rita Farr (April Bowlby, de Dois Homens e Meio), a Mulher-Elástica, que encara a lembrança de que sua primeira oportunidade como atriz foi resultado de favores sexuais prestados por sua mãe, o que prejudica sua autoconfiança de Rita.

Todos têm seus próprios problemas, mas acabam juntos diante do perigo. (Foto: Bob Mahoney)

Mudando o tema, os arcos de Ciborgue (Joivan Wade, de Doctor Who) e Crazy Jane (Diane Guerrero, de Orange is the New Black) também demonstram bom desenvolvimento. Victor Stone se envolve com a misteriosa Roni Evers (Karen Obilom, de Games People Play), que também sofre pelo histórico com implantes de tecnologia avançada. Jane, por sua vez, encara resistência de suas outras personalidades, que testam sua liderança como primária.

Com muito potencial até mesmo para o terror, a história principal da série da Patrulha do Destino deixa a impressão de que poderia render ainda mais emoções com uma quantidade maior de episódios. Mesmo assim, o segundo ano do programa ainda oferece uma experiência positiva aos fãs dos heróis mais bizarros da DC Comics, trazendo participações de Flex Mentallo, Rubro Jack, Doutor Thempo, SeX Men e Scants (criados nas HQs por Gerard Way).

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