Cowboy Bebop: adaptação de anime é bom pastelão policial

Cowboy Bebop: adaptação de anime é bom pastelão policial

Anunciada sob muita expectativa pelas gerações de fãs do anime homônimo, Cowboy Bebop chegou ao catálogo da Netflix prometendo uma produção grandiosa, visualmente fiel à obra original e com muito marketing envolvido para cair no gosto do público. No entanto, depois da estreia de sua primeira temporada e seu cancelamento em sequência, quais conclusões podemos tirar de mais uma adaptação promovida pelo streaming? Logo abaixo, a resposta!

Com produção dividida entre os EUA e o Japão, o seriado Christopher L. Yost (Thor: Ragnarok) logo de cara apresenta um vídeo de abertura extremamente similar ao do anime, com o tom de trama policial retrô – que contrasta com o ambiente futurista em que se passa a história. Na narrativa, seguimos Spike Spiegel (John Cho, de Buscando…) e Jet Black (Mustafa Shakir, de Luke Cage), dupla de caçadores que vasculha o espaço em busca das melhores recompensas.

Spiegel e Jet têm uma parceria delicada, na qual confiança não é servida em abundância. Afinal, o primeiro esconde seu passado como assassino do Sindicato – organização criminosa que estende suas garras por tudo que é atividade ilícita na galáxia –, e o segundo é um ex-policial com senso de justiça inabalável.

Triângulo nada amoroso

Enquanto Jet Black só deseja dinheiro o suficiente para comprar um presente para sua filha – que vive com a mãe e o padrasto –, Spike Spiegel se vê perseguido por Vicious (Alex Hassell, de Suburbicon: Bem-vindos ao Paraíso), que ambiciona o domínio do Sindicato e assume relacionamento conturbado com Julia (Elena Satine, de Revenge). Se Vicious foi como um irmão para Spiegel, Julia é o grande amor que o protagonista não consegue esquecer.

Roubando a cena

A trama principal tem um desenvolvimento lento, que somente nos últimos capítulos ganha contornos mais emocionantes. Contudo, é preciso dizer que a dinâmica de caçadores de recompensas fracassados tem sua graça e charme, especialmente nos episódios de tramas mais avulsas. E, no meio disso, há a personagem que mais brilha no seriado: Faye Valentine (Daniella Pineda, de Os Originais). Falastrona e imprevisível, a moça atrai os holofotes provocando o caos.

No fim das contas, Cowboy Bebop pode falhar como adaptação de anime, mas entrega horas de diversão, investigação e aventura em bom nível. Uma pena que sob cobranças de um fã-clube tão exigente.

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