As Panteras (2019) renova franquia, mas mantém legado das antecessoras

Amanda Almeida

Com a série dos anos 1970 e posteriormente a versão cinematográfica dos anos 2000 (respeito eterno por Cameron Dias, Drew Barrymore e Lucy Liu), Charlie’s Angels (o título original) deu uma nova perspectiva para a mulher como protagonista em tramas cheias de ação e espionagem, abrindo espaço em um gênero antes dominado por personagens masculinos. Estreando nesta quinta-feira (14/11) nos cinemas, As Panteras mantém essa pegada, apresentando-se de acordo com as novas posições sociais quanto ao feminino – e esse Girl Power é de encher os olhos!

Agora nosso trio é interpretado por Kristen Stewart (Crepúsculo), Naomi Scott (Aladdin) e Ella Balinska (The Athena) que vivem Sabina, Elena e Jane, respectivamente, e a Bosley é Elizabeth Banks (A Escolha Perfeita 2), que escreveu, produziu e dirigiu o longa. De forma clichê, mas que ainda assim funciona incrivelmente, o longa tem tudo que os filmes de espionagem tem, desde uma missão perigosa, tiros e explosões pra todo lado, pulos de parapeitos, lutas fantásticas no corpo a corpo, gadgets e roupas incríveis que facilitam na hora da surra nos vilões e deixam as protagonistas prontas para arrasar.

Kristen Stewart, Ella Balinska e Naomi Scott dão nova cara à franquia. (Foto: Sony Pictures)

O longa adota toda a linguagem feminista e já inicia com uma conversa da Sabina (Stewart) com o antagonista, dizendo que uma mulher tem a autonomia para ser e fazer o que quiser. Uma mensagem clara de que nós, mulheres, não vamos baixar a cabeça e deixar de sonhar em ser o que quisermos ser. E até contaria mais sobre, mas não posso dar spoiler!

E vamos falar da atuação: as mulheres estão simplesmente maravilhosas. Gente, o que é a Kristen ao longo desse filme? A atriz, que ficou marcada por Crepúsculo, desta vez nos exibe uma personagem muito diferente, mais sarcástica, sem filtro e carismática. Ela conseguiu criar a Sabina e apresentá-la de uma forma excepcional. Naomi é a garota dos sonhos de todo mundo, ela é uma Power Ranger, uma princesa Disney e Pantera. A personagem de Scott é mais parecida com nós, que estamos descobrindo o poder que temos. Balinska, que estreia em Hollywood, fez uma entrada e tanto e está exuberante. Sua personagem é mais centrada e durona, combinando perfeitamente com a atriz.

Elizabeth Banks dirige Patrick Stewart e Noah Centineo no longa. (Foto: Sony Pictures)

O longa traz referências ao antigo seriado e filmes anteriores, como uma continuação, mas sem ser influenciado demais por seus acontecimentos, apesar de remeter ao passado em alguns momentos. A trilha sonora é estupenda e casa bem com cada ocasião, e vale lembrar que Anitta fez a música que abre o longa – na cena que se passa aqui no Brasil.

As Panteras é um filme que agrada, surpreende, renova e mantém o legado de 40 longos anos da franquia, entregando uma mensagem de peso social muito relevante – é ótimo ver mulheres fora de posições de fragilidade e apelo sexual. Também não podemos esquecer ação, looks incríveis e personagens marcantes, que tornam a produção leve e digna de uma sequência!

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