No filme, Will é um veterano de guerra e irmão adotivo do completamente surtado Danny, que precisa de dinheiro para uma cirurgia experimental para sua esposa. Por isso, Will procura o irmão que acaba o envolvendo em um assalto a banco. Quando as coisas saem do controle, o ex-militar acaba atirando em um policial e os dois roubam uma ambulância com esse mesmo policial dentro, sendo tratado pela socorrista Cam (um dos pontos altos do filme). O roteiro não se mostra muito expositivo em sua estrutura, não perdendo muito tempo tentando estabelecer a lógica das coisas.
Em “Ambulância”, a sensação é de que o drama humano é apenas o ponto de partida para ação e perseguição desenfreada. As cenas potencialmente mais emocionais são muito espaçadas entre si, se focando mais com o funcionamento da perseguição. Mesmo parecendo datado, o estilo de Bay busca surpreender como uso da shaky cam e de drones durante a maior parte do filme, o que pode induzir a dores de cabeça.
No fim das contas, Ambulância: Um Dia de Crime traz uma enorme perseguição de carros de 2h16, experiência que prova que Michael Bay consegue sempre criar o caos pelo qual é conhecido, com um orçamento menor que o habitual e ainda assim entregar um longa de ação implacável. Mesmo que seja aquele tipo de filme-evento que não se faz mais atualmente.