Imagine uma história de Star Wars reunindo personagens icônicos, um dos maiores vilões desde Darth Vader, siths mercenários, bruxas e stormtroopers zumbis… Pode parecer muito para processar, mas essa foi a fórmula da série Ahsoka. A nova produção de Dave Filoni, o responsável por The Mandalorian, teve sua primeira temporada concluída, deixando nos fãs a certeza de que assistiram a algo especial. Foram ao todo nove episódios estrelados pela antiga Padawan de Anakin Skywalker.
A história, que acompanhamos desde o início, traz Ahsoka Tano (Rosario Dawson) em uma busca pela localização do Grão-Almirante Thrawn. Ela, no entanto, não é a única a almejar o mapa que indica onde está o antagonista. Assim entram em cena Morgan Elsbeth (Diana Lee Inosanto), integrante do Império Galáctico, junto de Baylan Skoll (Ray Stevenson) e Shin Hati (Ivanna Sakhno), que parecem siths, sem o lado político da coisa… Isso faz com que Ahsoka precise de reforços.
Mestres e Padawans
A série dose desenvolve sem ignorar o peso da relação de Ahsoka Tano com Anakin. Do treinamento Jedi não finalizado até a transformação de Skywalker em Darth Vader, a tensão sobre isso é quase palpável. Mas acontece que Ahsoka também tem uma relação complicada com sua pupila, Sabine Wren (Natasha Liu Bordizzo). É importante dizer que tanto as aventuras de Ahsoka e Anakin quanto as de Ahsoka e Sabine são contadas em animações – Clone Wars e Rebels, respectivamente.
A atração se baseia nisso para, a cada episódio, apresentar um ensinamento a seus personagens. Afinal, cada figura de importância ali acaba sendo aluno e mestre de alguém. Com isso, muito do arco mostrado na série se resume a evolução. A gente falou mais sobre sobre esse ciclo de aprendizados na publicação sobre Anakin, com link acima.
Universo expandido
Por se derivar as séries animadas, “Ahsoka” é um prato cheio em mitologia de Star Wars. O Jedi Ezra Bridger vem direto de Star Wars Rebels, enquanto o Grão-Almirante Thawn surgiu inicialmente na literatura. Como se o repertório já não fosse ótimo, o título adiciona as Irmãs da Noite, que na prática são como bruxas. Ou seja, uma camada a mais de complexidade sobre o uso da Força. Isso ainda permite, pelos poderes das bruxas, a participação de um exército de “troopers da morte”.
No fim das contas, “Ahsoka” tira Star Wars do lugar-comum, oferecendo conceitos e emoções diferentes de tudo que vimos nos últimos anos e do que nos acostumamos a seguir desde a saga original. De fato, uma série audaciosa.