A Casa do Dragão: 1ª temporada faz esquenta para guerra

A Casa do Dragão: 1ª temporada faz esquenta para guerra

Um reencontro com o universo criado por George R.R. Martin, a série A Casa do Dragão sem a menor dúvida foi o principal lançamento da HBO e seu streaming (o HBO Max) neste ano. Em um momento o Prime Video revitalizava a obra de Tolkien, a história que precede Game of Thrones chegou abocanhando a audiência, entre fãs antigos e novos, com episódios liberados semanalmente. Na prática, a adaptação entregou uma saga tão popular quanto visceral.

Baseada no livro Fogo & Sangue, a atração se concentra na família dos Targaryen, mas tem sua história iniciada 173 anos antes de Daenerys (vivida na TV por Emilia Clarke). Assim, o seriado teve seu foco no clã do Rei Viserys (Paddy Considine, de The Third Day), que vive um dilema: definir sua sucessão ao Trono de Ferro. Afinal, o Viserys teve como primogênita a Rhaenyra Targaryen, Princesa que tem sua preferência pelo reinado, mas que sofre resistência da corte.

A partir daí, têm início as maquinações para que um homem assuma o trono, uma vez que os costumes do período em Westeros não incluem mulheres no posto máximo de poder. Assim, o Príncipe Daemon (Matt Smith, de Morbius), irmão de Viserys, rouba a cena ao provocar a liderança do rei e se envolver com a sobrinha, Rhaenyra. Já a Mão do rei, Otto Hightower (Rhys Ifans, de Homem-Aranha: Sem Volta para Casa), procura elevar sua própria família ao trono.

Trama em dois tempos

Composta por 10 episódios, a primeira temporada de A Casa do Dragão teve sua narrativa elaborada em dois momentos. No primeiro, Rhaenyra, interpretada por Milly Alcock (Upright), e Alicent Hightower – a filha de Otto –, vivida por Emily Carey (Era Uma Vez – Anastasia), são adolescentes e amigas. Este período é caracterizado pela polêmica noite em que Rhaenyra “escapa” com o tio, bem como pela relação aparentemente despretensiosa de Alicent com o rei.

Já a partir do sexto capítulo entram em cena Emma D’Arcy (Truth Seekers) e Olivia Cooke (Jogador Nº 1), respectivamente, como Rhaenyra e Alicent. Nisso, Rhaenyra segue como Princesa e mãe Jacaerys, Lucerys e Joffrey – apesar do casamento com Laenor Velaryon (John Macmillan, de A Escavação), os meninos de Rhaenyra são filhos de um cavaleiro. Alicent surge como Rainha e mãe de Aegon II, Helaena e Aemond, todos filhos de Viserys.

Com isso, os grupos se separam entre os Verdes (da parte de Alicent) e os Pretos (de Rhaenyra). A divisão de cores é referente às casas originais de cada lado. Tanto os Verdes quanto os Pretos sabem que Viserys definha diante de uma doença misteriosa e que a guerra pelo trono é questão de tempo.

A dança dos dragões

Entre intrigas e a formação de alianças, “A Casa do Dragão” entrega toda a experiência graficamente forte que marcou em “Game of Thrones”, mas com uma diferença: propósito. Não espere por nudez gratuita ou violência distribuída sem motivo. Aqui, todos esses elementos estão presentes, mas empregados de maneira pontual para surpreender. Dessa forma, o desenrolar da narrativa ganha os holofotes, direcionando a atenção para o que realmente importa.

Por falar naquilo que importa, o programa destaca todo o poderio dos dragões, a imponência que assume uma criança Targaryen ao receber um ovo de dragão ao nascer e a desolação quando isso não acontece. E, como único caminho possível, o roteiro trabalha rápido para transformar a presença massiva dos monstros cuspidores de fogo no episódio conhecido como “A dança dos dragões”, título do livro seguinte de George R.R. Martin.

A brutal season finale dá um gostinho empolgante de todo o sangue e fogo que virá na 2ª temporada.

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