Nova animação da Walt Disney, Raya e o Último Dragão (Raya and the Last Dragon, EUA, 2021) estreia nos cinemas brasileiros na quinta-feira (4) e no streaming Disney+, logo em seguida, na sexta-feira (5) – através do Premier Access (valor de R$ 69,90 pago à parte da assinatura), até 19 de março.
E, para você que não sabe o que esperar da atração, vamos contar por que vale a pena assistir a essa aventura recheada de magia e reflexões relevantes para o momento atual.
História envolvente
A narrativa se estabelece no fantástico reino de Kumandra, onde humanos e dragões já viveram em harmonia. Porém, quando uma força maligna chamada Drunn varreu o mundo petrificando a todos, as criaturas míticas se sacrificaram lançando sua última magia, que rendeu tempos de relativa paz entre os homens por 500 anos.
Kumandra acabou dividida em cinco partes: Coração, Cabeça, Presa, Coluna e Cauda, cada uma com suas especificidades. Coração, lar da protagonista Raya (Kelly Marie Tran, de Star Wars: Os Últimos Jedi), ficou com a pedra de poder Sissu (Awkwafina, de Podres de Ricos), o dragão que se tornou famoso por encerrar a maldição. Mas, isso tornou esse território alvo da inveja e cobiça dos vizinhos.
Após um golpe armado pelo povo de Presa, a pedra é partida e os Drunn são libertados, impondo um novo período de terror pelo reino. Sozinha, cabe a Raya encontrar o último dragão para combater as sombras que caminham por Kumandra.
Lideranças femininas
Dirigida por Don Hall (Moana: Um Mar de Aventuras) e Carlos López Estrada (Ponto Cego), a produção se concentra no atrito entre Raya, a última esperança de Kumandra, e Namaari (Gemma Chan, de Humans), herdeira das tropas de Presa, região que usou um pedaço da pedra de poder em benefício próprio.
Enquanto Raya demonstra fibra para desafiar probabilidades, a jovem não parece conseguir perdoar aqueles que traíram seu povo no passado, o que culminou na petrificação de seu pai, Benja (Daniel Dae Kim, de Lost). Já Namaari, mesmo ardilosa em maior parte da trama, acaba exibindo abertura para enxergar um mundo de paz e união, diferente de sua mãe, Virana (Sandra Oh, de Grey’s Anatomy).
Esse senso de imperfeição, no fim das contas, se prova a força das protagonistas em mudar de opinião e atitude, em jornadas mais humanizadas.
Visual espetacular
Se o design de todos os personagens já chama atenção, a presença do dragão Sisu leva o título ao ápice de seu espetáculo visual. Afinal, o ser mítico é o responsável por mostrar um repertório de poderes mágicos como transmutação e voo em animações belíssimas. Sisu, entre outras coisas, pode adquirir aparência humana, gerar névoas e literalmente andar pelo céu. É um show!
Clima maduro
Diferente da maioria dos filmes da Disney, o título trabalha realmente o lado guerreiro de sua personagem principal, mostrando-a sempre série, com raiva e disposta a lutar. Com isso, o desenrolar do longa tem como característica uma sobriedade vista em produções de super-heróis destinados a um público mais juvenil do que infantil.
Relação com mundo real
Em Kumandra, a praga dos Drunn fez com que todos os sobreviventes lidassem com perda alguma pessoa querida, mesmo que de formas diferentes. Assim, a dor e o luto enrijeceu muitos dos personagens, forçados a se virarem sozinhos no mundo, e ainda culminou na dizimação de vilas, que ficaram totalmente vazias.
Este cenário pode ser facilmente relacionado ao mundo fora da ficção, onde a pandemia do novo coronavírus tem escrito uma das páginas mais sombrias da história. Entretanto, como em Raya e o Último Dragão, a confiança e empatia entre indivíduos e nações desponta como único caminho para a humanidade se reerguer.
IMPORTANTE: A partir de 23 de abril, Raya e o Último Dragão entra para o catálogo regular do Disney+ sem custo adicional.