Dentre os nomes na cartilha de lançamentos de 2023, está um repaginado clássico da Disney tão divertido quanto fantasmagórico: Mansão Mal-Assombrada, agora dirigido por Justin Simien (Cara Gente Branca). Diferente do longa originário com Eddie Murphy, filmado em 2003, a nova versão traz ares mais sombrios, realistas e carrancudos, embora não perca o objetivo de ser um entretenimento a la Mickey Mouse.
Na trama, uma família composta por mãe e filho se muda para uma casa mal-assombrada em Nova Orleans, considerado por si só um lugar naturalmente palco de manifestações sobrenaturais. Para livrar-se dos “ex-residentes” indesejados, então, um grupo de especialistas em casos deste tipo é requisitado, proporcionando, por conta da diferença em seus temperamentos, momentos de risos e até de condolências.
Para certificar que o filme não passe despercebido, reunimos 5 motivos que o deixarão com medo – mas só de não assistir.
Uma visita aos parques da Disney
Antes de tudo, “A Haunted Mansion” é uma atração, mudada e remexida desde 1969, na Praça da Liberdade do Parque Magic Kingdom, localizado na Disneyland, Flórida. Lá, o visitante explora a casa povoada por seres do além em um veículo lento, ideal para àqueles que desejam tomar bons sustos. Transitando entre a sala de sessão espírita da Madame Leota, pelo fantasmagórico cemitério e pelos corredores povoados por espíritos e componentes sobrenaturais, o visitante adquire uma experiência condizente com a do espectador.
Aderindo a mesma essência dos parques, a produção cinematográfica leva consigo a inerente vontade de vivenciar na pele a realidade da mansão, seja você fã de terror, de espíritos cantantes ou apenas de boas histórias que se tornam ainda mais interessantes ao vê-las de perto. A vontade de ir à Disney aumentou?
Um elenco assombroso de tão bom
Se na primeira versão de ‘Mansão Mal-Assombrada’ contávamos com o inigualável Eddie Murphy, Wallace Shawn e Terence Stamp no time de intérpretes, em 2023 podemos dizer que também estamos bem servidos.
Owen Wilson, Jamie Lee Curtis, Lakeith Stanfield, Danny DeVito e Jared Leto (em forma de fantasma) compõem um elenco estelar, digno da atenção de qualquer um. Como se não bastasse somente a relevância de seus nomes, os personagens lhes ofertados são enriquecidos por performances marcantes. Afinal, é impossível não soltar pelo menos aquele sorriso de canto de boca com DeVito encarnando um professor maluco ou com Wilson e seu padre nada convencional.
Saudação a um clássico da “Sessão da Tarde”
Desde que foi lançado em 2003, ‘Mansão Mal-Assombrada’ tornou-se aquele filme familiar, responsável por unir em frente à televisão os amantes de uma comédia sobrenatural mais infantilizada, porém ainda assim tida como um ótimo passatempo coletivo. É difícil, para quem tem o longa guardado na memória, não se lembrar dos espíritos cantores em frente ao mausoléu e dos cocheiros invisíveis nas carruagens; apesar do reboot atual não ser exatamente idêntico, até em questões envolvendo a ambientação e o tom dominante da produção, alguns elementos são reconhecíveis, acarretando uma deliciosa viagem no tempo. Madame Leota, por exemplo, está lá; os quadros que se movem e o cavaleiro assustador, igualmente.
Fantasmas que nos divertem
Apesar de ser tratado com maior seriedade, o âmago do filme permanece o mesmo: contar uma história envolta por mistérios paranormais sem o peso de ser um terror propriamente dito. Aqui, os fantasmas mais divertem do que asseguram sustos. Com a leveza de uma equipe nada profissional, o fator sobrenatural é amenizado pelo clima, colocando a mansão em um posto de componente medonho ao passo que garante uma diversão despretensiosa.
O toque dramático que precisávamos
Para além do lazer ofertado pelas trapalhadas dos vivos e dos mortos, há uma condição tocante: Ben, o astrofísico niilista interpretado por Lakeith Stanfield, inventor da câmera que capta espíritos, atravessa momentos tortuosos. Constantemente de luto pela morte de sua amada esposa, o personagem agrega a ‘Mansão Mal-Assombrada’ um teor dramático e menos raso. Por isso, o longa também é capaz de emocionar, dado a visibilidade de um sentimento tão doloroso de se lidar e as consequências dele nas ações do ser humano.