4ª temporada: Raio Negro se despede com acerto de contas

4ª temporada: Raio Negro se despede com acerto de contas

Se quadrinhos são a sua praia, você já deve ter ouvido falar de Demolidor: A Queda de Murdock, história na qual o Rei do Crime, sabota todos os campos da vida de Matthew Murdock, alter ego do Homem Sem Medo. E, em sua despedida, Raio Negro parece se baseado na obra de Frank Miller, dando a Jefferson Pierce (Cress Williams) e a seu arqui-inimigo, Tobias Whale (Marvin ‘Krondon’ Jones III), um round final tão intenso e quanto pessoal.

Composta por 13 episódios, a temporada que já está disponível na Netflix ecoa os efeitos da guerra markoviana que assolou Freeland. Com o cerco mais acirrado sobre os meta-humanos e o tráfico de drogas – que agora oferecem superpoderes momentâneos –, a polícia tem usado cada vez mais violência na abordagem dos suspeitos, majoritariamente pessoas pretas. Assim, o programa manifesta seu apoio ao Black Lives Matter, movimento antirracista dos EUA.

Nesse cenário, o gangster Tobias Whale aproveita a liberdade para literalmente cavar seu lugar na política, posando como benfeitor, mas secretamente financiando munições mais letais para a força policial e manipulando sua nova chefe, Ana Lopez (Melissa De Sousa, de Como Se Tornar uma Divindade na Flórida). A moça substitui Henderson (Damon Gupton), antigo amigo de Jefferson Pierce, que terminou morto em combate na temporada anterior.

Foco no protagonista

O seriado criado pelo canal The CW sempre tratou Raio Negro como um retorno do personagem criado por Tony IsabellaTrevor Von Eden em 1977. Portanto, mesmo com subtramas envolvendo o vício de Lynn (Christine Adams), ex-esposa de Jefferson, e uma mudança de aparência em Jennifer (China Anne McClain), a filha caçula exposta à ionosfera, os holofotes da quarta temporada estão mesmo sobre Jefferson.

A mudança em Rajada parece remanejamento de elenco, mas se mostra artifício da trama. (Foto: CW)

Afinal, ao longo do enredo, Tobias arquiteta uma forma de bloquear as habilidades de todos os meta-humanos de Freeland, o que o coloca em vantagem sobre a família Pierce. Desta forma, resta a Jefferson lutar de cara limpa para salvar a cidade e provar que merecer ser chamado de “super-herói” mais uma vez. O duelo ganha contornos de vingança quando a produção lembra que Tobias foi o assassino do pai do protagonista.

Final prematuro

Embora faça sentido a história finalizar com o confronto entre rivais, Black Lightning fazia parte de uma proposta de renovação e valorização da diversidade do Arrowverse, valendo-se pela representatividade do elenco e das questões tratadas no show.

Khalil lida com seus demônios em cenas cheias de ação. (Foto: The CW)

Além disso, esta temporada explora contatos de Gambi (James Remar) com a empresa de tecnologia bélica Monovista – algo que poderia vir à tona antes ou render novas tramas – e dá a Painkiller (Jordan Calloway) o que seria o episódio piloto de seu spin-off. De visual futurista aliado às raízes pretas, este capítulo traz uma atmosfera que lembra Wakanda e se mostra interessante. Pena o personagem não ter carisma o suficiente para carregar o programa.

Ou seja, fica um clima de “quero mais”, que somente reforça o quanto a série foi necessária.

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