Quando estreou na Netflix há dois anos, Ghost in the Shell: SAC_2045 prometia muita ação, visual impecável e uma história original da Major, Batou e os outros membros da Seção 9. Tudo isso foi cumprido, mas, como comentamos no review da 1ª temporada, havia alguns problemas de ritmo na narrativa.
Assim, é muito bom poder dizer que esse problema acabou nos novos 12 episódios já disponibilizados no streaming. Para começar, mesmo que venha como nova temporada, a nova leva está mais para um “volume 2”, uma vez que continua a contagem de capítulos de onde parou na última.
Suspense e ação
Nesses episódios, a equipe está mais unida do que nunca para encerrar de vez a ameaça dos pós-humanos e respostas de como eles surgiram começam a aparecer. Assim como outras perguntas, como quem são os N, por exemplo? Contudo, o time precisa de muito cuidado para não provocar tanto uma guerra nuclear, quanto um incidente internacional com os Estados Unidos.
Descentralizando da figura da Major Kusanagi, os novos capítulos focam a parte política, sempre presente no mangá de Masamune Shirow, e envolvem mais o espectador com os outros personagens do time. Por falar neles, Purin Ezaki e os mini tanques inteligentes Tachikoma, mais uma vez roubam a cena. Tanto em importância na história, como alívio cômico.
Com uma parte dramática um pouco maior, a segunda parte de SAC_2045 também vai bem nos diálogos e no clima de espionagem com doses de suspense, que é o mesmo do mangá. Mas, sem deixar de lado as sequências de ação caprichadas, que passam a ideia de uma situação de limite, na qual o inimigo pode estar em qualquer lugar e ser qualquer um.
Adeus Guerra Sustentável
A melhor parte dessa continuação é que a ideia de Guerra Sustentável, presente em mais episódios do que deveria da temporada 1, é mencionada, mas sai do foco nos 12 novos capítulos, deixando espaço para uma história mais interessante ser contada. Uma que não tem nada definido até os minutos finais do último episódio.