Lançado pela Naughty Dog em 2013, The Last of Us foi o game mais premiado da história – até ser desbancado por The Witcher: Wild Hunt, em 2015.
Agora, 10 anos depois de sua chegada (na já longínqua geração do PS3), o game está prestes a ganhar uma adaptação pela HBO Max, com Pedro Pascal (The Mandalorian) e Bella Ramsey (Game of Thrones) nos papéis de Joel e Ellie, os protagonistas do jogo.
No jogo, o mundo está sofrendo com uma pandemia rápida e fugaz de Cordyceps, um fungo que toma posse das funções neurais de quem é infectado, transformando as pessoas expostas em “zumbis” alucinados e vorazes.
História sobre perdas
Após perder sua filha, ainda no início da pandemia, Joel é incumbido da missão de atravessar os Estados Unidos para levar Ellie, uma adolescente aparentemente imune ao Cordyceps, até uma organização que pretende criar uma cura para o vírus, os Vaga-Lumes. Ao longo da jornada, além de sobreviverem desde zumbis até canibais humanos, Joel e Ellie vão se apegando cada vez mais um ao outro, criando um laço paternal que movimenta a trama até o seu ponto de maior tensão, no final do game.
Muito da experiência de jogar “The Last of Us” está em absorver a história que está sendo contada. A princípio, seria normal imaginar que as maiores ameaças que Joel e Ellie podem encontrar seriam os infectados, porém, a medida que à narrativa avança, fica claro que os “zumbis” nada mais são do que vítimas de sua mente decadente, ao contrário dos poucos humanos que restaram.
Em muitas partes, somos obrigados a lutar contra humanos muito piores que os infectados, enlouquecidos ou afetados com aquele cenário devastador em que o mundo se encontra.
Envolvidos nesse mundo, esse cenário apocalíptico também afeta Joel e Ellie, no caso da garota é ainda mais nítido esse amadurecimento. Ellie começa como uma menina inocente, completamente dependente de Joel para sobreviver, mas, à medida que os acontecimentos da história começam a afetar Ellie, a menina perde a inocência do início.
No fim, o que o título mostra é que nesse contexto não existem heróis ou vilões: a regra é sobreviver a qualquer custo.
Mundo como personagem
Como um game de estrutura linear, “The Last of Us” segue uma lógica para contar sua história, atrelando isso a um tipo reduzido de mundo aberto. Dependendo da dificuldade em que se está jogando, os materiais são cada vez mais escassos, obrigando o jogador a explorar ao máximo o ambiente em que está, sem garantias de que haverá munições ao seu dispor ou recursos para criar bombas.
Além de funcionar como arma contra os inimigos, o ambiente também tem seu modo de contar o que aconteceu ao mundo, tornando a exploração um recurso a mais na narrativa.
Embora originalmente tenha saído para PS3, o jogo foi remasterizado para PS4 e atualizado para PS5 como “The Last of Us Part I“.