Os filmes de assalto nunca envelhecem. Está aí toda a franquia derivada de Onze Homens e Um Segredo para confirmar. Mas, como inserir novos ingredientes nessa receita? Qual seria o resultado se colocássemos uma pitada de, digamos, superpoderes nesse feijão com arroz que sempre agrada? A HQ Super Crooks: O Assalto, publicada aqui em volume único pela Panini, é a resposta.
Com roteiro de Mark Millar – com o apoio do coargumentista Nacho Vigalondo –, desenhos de Leinil Yu, cores de Sunny Gho e arte-final de Gerry Alanguilan, o título segue o bando de Johnny Bolt, sua ex-namorada, a telepata Kasey, e um bando de ladrões com poderes sobrehumanos na maior empreitada de suas vidas: assaltar Cristopher Matts, O Canalha, o maior supervilão que já existiu.
O assalto, entretanto, tem mais do que a riqueza do grupo como motivação: Carmine Chapa Quente, vilão veterano e mentor de Johnny, tem uma dívida de jogo com o chefão do crime Salamandra e se não pagar 100 milhões de dólares em um mês… bem, já dá pra imaginar o que vai acontecer.
Narrativa cinematográfica
Da mesma forma que outras obras escritas por Millar, como O Legado de Júpiter e Kick Ass, Super Crooks já é feita com uma tela em mente. A sequência dos acontecimentos, desde o plot inicial com Chapa Quente até o recrutamento do grupo e a apresentação das habilidades, é bastante cinematográfica. E o toque de absurdos hilários, marca registrada do autor, segue presente ao longo de toda a história.
Embora seja divertida, a HQ não foge do clichê em algumas partes. Mas, isso não significa que a história seja totalmente previsível e há boas reviravoltas, que conseguem prender bem a atenção do leitor.
Sendo assim, esse caldo de filme de assalto em formato de gibi e temperado com superpoderes agrada bastante ao experimentar. E ainda deixa um gosto de quero mais fora do papel, um desejo que se tornou realidade pela Netflix com um anime, já disponível no catálogo do streaming.
Você pode comprar Super Crooks: O Assalto neste link.