Skybourne atualiza lenda da Excalibur com porradaria

Carlos Bazela

Segundo a bíblia católica, Lázaro de Betânia foi amigo de Jesus Cristo e o homem a quem ele concedeu a ressurreição após 4 dias de sepultamento. Daí em diante, há escritos que dão seu destino como bispo na Ilha de Chipre e outros no mesmo cargo eclesiástico, mas em Marselha, na França.

Já o quadrinista Frank Cho, em Skybourne, HQ a qual ele escreve e ilustra, com cores de Marcio Menyz, não está nem aí para Lázaro. Mas, conta a história de seus supostos filhos Grace e Thomas Skybourne, que herdaram não só a imortalidade do pai, como uma pele impenetrável e força sobrehumana.

Porém, a volta de um inimigo do passado, o mago Merlin, portando a mítica Excalibur, a espada que concedeu o trono ao Rei Arthur, vai colocar à prova os poderes dos irmãos. Principalmente a parte da pele e da imortalidade. Mas, o que trouxe o antigo bruxo ao mundo atual? O que ele pretende? E o que é a Fundação Cume da Montanha?

As respostas dessas perguntas estão em Skybourne: o belo volume publicado pela Mythos em edição única de capa dura.

Ritmo e visual de tirar o fôlego

Ainda que o ritmo frenético e as reviravoltas façam de Skybourne uma leitura para se devorar de uma vez só, o verdadeiro banquete fica por conta da arte de Frank Cho. Por mais controverso que o artista seja, principalmente pelo hábito de desenhar mulheres com pouca – ou nenhuma – roupa em suas histórias, não há como negar que a arte da HQ é um primor, valorizado pela encadernação brasileira, que faz o leitor desejar mais e mais páginas para a aventura dos filhos de Lázaro.

A riqueza em elementos para serem explorados no gibi é outro motivo pelo qual Skybourne poderia ser uma história maior. Contudo, a narrativa acelerada de um filme de espionagem, que lembra os longas da franquia Kingsman, caem sob medida para o volume.

O que nos faz desejar que Cho não pare por aí e resolva revisitar os personagens em uma eventual sequência ou spin-off.

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