De tempos em tempos, o fim do mundo volta a ser assunto em Hollywood. Prato cheio para clichês? Com certeza! Mas esse campo também é fértil para histórias megalomaníacas, repletas de efeitos especiais, que funcionam como um prato cheio para o entretenimento.
Famoso por assinar obras como Independence Day (1996), O Dia Depois de Amanhã (2004) e 2012 (2009), o diretor Roland Emmerich traz aos cinemas sua nova versão do armagedon com Moonfall – Ameaça Lunar (Moonfall, EUA/Reino Unido/China, 2022).
Com estreia nesta quinta-feira (3), o título distribuído pela Diamond Films acompanha a jornada do ex-astronauta Brian Harper (Patrick Wilson, de Invocação do Mal), que há 1 década testemunhou um ataque de uma tecnologia aparentemente alienígena numa missão à Lua. Desacreditado pela NASA, Harper vê esse mesmo fenômeno colocar o satélite em rota de colisão com a Terra.
De tudo um pouco
Como deu para entender, da premissa de desastre natural, o blockbuster logo passa a explorar o gênero “filme de alienígena”, o que se torna uma parte interessante e divertida pela participação de KC Houseman (John Bradley, de Game of Thrones), completamente adepto de teorias da conspiração. De alívio cômico a conduíte para uma trama “à Independence Day”, o personagem dita o ritmo do filme e sua carga emocional, em suas 2h10 de duração.
Levantadas as teorias sobre a Lua ter sido construída por uma civilização avançada, Moonfall – Ameaça Lunar desenha um cenário em que cabe a Brian Harper combater o elemento que causou sua desgraça no passado, como única chance de salvar o planeta. A sinopse, apesar de simples, consegue desenvolver subtramas familiares e no próprio núcleo da NASA, o que preenche o roteiro e ajuda o público a torcer pelos protagonistas.
No fim das contas, ainda há aposta numa reviravolta sobre uma guerra intergaláctica, que pode surgir com alguma estranheza, mas quando já é tarde demais para recusarmos a viagem pelo espaço sideral.
Novos começos
É claro que, com a Lua desabando sobre a Terra, parece complicado falar sobre começos. Porém, diante do fim iminente, personagens como Brian, o típico pai divorciado que deseja se reaproximar do filho, e Houseman, uma espécie de pária da sociedade, encontram oportunidades para se reerguerem.
Além disso, destaque para Jocinda Fowl (Halle Berry, de X-Men), antiga parceira de Brian no espaço e atual diretora da NASA. Ela representa uma nova forma de conduzir problemas, sem a brutalidade cega dos militares e a sujeira varrida para debaixo do tapete das gestões anteriores. Dessa forma, a mensagem que fica é: nunca é tarde para fazer o melhor.
Lição válida, não?