Sessão Retrô: Malévola (2014)

Amanda Almeida

Quando falamos das Princesas Disney, podemos separá-las em três fases: a Era Clássica (com Branca de Neve, Cinderela e Aurora), a Renascença (com Bella, Mulan, Jasmine, Pocahontas e Ariel) e a Moderna (com Tiana, Rapunzel, Ana, Elsa e Moana). Aurora é a última princesa clássica, tendo como característica sua fragilidade e o destino de ser feliz somente ao lado de um príncipe encantado. Fato é que a personagem é relegada a segundo plano e tem somente dezoito falas em seu próprio filme. Ela também foi a última princesa desenhada por Walt Disney, que faleceu em 1966.

A Bela Adormecida é um filme com o clichê dos clichês. Nele tem uma família real, uma bruxa, três fadas, bichinhos que amam a personagem principal, temos um príncipe – o primeiro a ter um nome –, lutas com dragões e finais felizes. Aurora, após ser amaldiçoada por Malévola, é mandada a um lugar escondido na floresta até seus 16 anos, para que o feitiço não se concretizasse, mas, por um descuido, a princesa volta ao castelo de seu pai antes do previsto e espeta o dedo na agulha da roca e acaba dormindo em sono profundo a espera de um amor puro e verdadeiro que a salve com um beijo.

Malévola tenta não deixar transparecer seu cuidado com a Princesa Aurora. (Foto: Disney)

Lançado em 30 de maio de 2014 – uma homenagem à data de estreia da animação, há 55 anos –, o live-action Malévola (Maleficent, EUA, 2014) teve o desafio de propor uma releitura do clássico, uma vez que temos uma nova geração de meninas que hoje são mais independentes, que não precisam ser salva por um príncipe encantado. Com isso, essa obra provou que há muito o que explorar em todas as animações da Walt Disney Studios.

Com uma perspectiva completamente diferente, o filme é todo contado pelo ponto de vista da vilã interpretada por Angelina Jolie (Sr. & Sra. Smith), retratando sua lealdade e o amor de uma forma completamente distinta da animação. Enquanto o original foca no sentimento de Phillip e Aurora – que desabrochou em poucos minutos de interação –, no remake, temos o amor e cuidado construído ao longo dos anos entre Malévola e Aurora. Além disso, há explicação para o motivo para que a antagonista se tornasse uma má pessoa. Aurora é vista de outra forma, mais ativa e independente – espelhando a geração de hoje.

Em Malévola, a princesa Aurora demonstra mais personalidade. (Foto: Disney)

Dirigida por Robert Stromberg (Dawn) e inspirado no livro de Charles Perrault, a produção é estrelada por Elle Fanning (Mary Shelley) como Aurora, traz Sharlto Copley (Esquadrão Classe A) como Rei Stefan, Brenton Thwaites (Titans) como príncipe Phillip e Sam Riley (Orgulho e Preconceito e Zumbis) como Diaval. Assertivo nos quesitos técnicos – especialmente figurinos e maquiagens –, o longa tem a incrível trilha sonora composta por James Newton Howard (O Quebra Nozes e os Quatro Reinos), além da versão de “Once Upon a Dream” cantada por Lana Del Rey.

O primeiro filme arrecadou 758,5 milhões de dólares mundialmente, sucesso este que garantiu uma sequência inédita: Malévola: Dona do Mal, que estreia nos cinemas brasileiros em 17 de outubro.

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