Desde que Ash e Pikachu tiveram sua aposentadoria nos animes, inúmeras possibilidades se abriram para a sequência da franquia de monstrinhos. Um exemplo disso é A Concierge Pokémon. Sem ginásios e batalhas, a série foi a primeira produção da Netflix desde que o streaming anunciou uma parceria com a The Pokémon Company. Na prática, a aposta se mostrou uma surpresa bem-vinda, tanto pela apresentação em stop-motion quanto pela vibe mais zen.
Sobre a trama
A história gira em torno de Haru (Karen Fukuhara), uma jovem da cidade que, após uma série de infortúnios na vida profissional e amorosa, vai trabalhar para o Resort Pokémon. Na função de concierge, a protagonista tem como tarefa entender as necessidades de cada criaturinha e seu treinador para deixá-los felizes e satisfeitos.
No entanto, isso pode ser um pouco complicado, uma vez que os Pokémon não falam e seu tutor nem sempre sabe o que precisa. Dessa forma, Haru tem o complexo desafio de tentar compreender o que é preciso para deixar cada um bem, num exercício constante de empatia e resiliência.
O tempo para refletir é a diferença entre a vida da personagem na cidade e no Resort.
Temos que assistir
Com apenas quatro episódios, a produção da dwarf studios encanta pelo visual, mas pode sofrer resistência de quem se acostumou ao ritmo agitado do anime principal. Contudo, o viés reflexivo funciona para o público adulto, que deve se identificar com os dramas e inseguranças de Haru.
Como destaque, a trama com direção de Iku Ogawa e roteiro de Harumi Doki tem a conexão da moça com um Psyduck e o seu trabalho em energizar um Pikachu com alegria – o momento mais emocionante de “A Concierge Pokemon”.
