“Despertar das Feras” é update para Transformers

“Despertar das Feras” é update que Transformers precisava
Paramount Pictures

A franquia estrelada por robôs gigantes vem passando por uma total reformulação nos cinemas. Sem Michael Bay no comando (mas ainda envolvido), a saga de Autobots e Decepticons ganhou contornos mais sensíveis com Bumblebee, em 2018. Agora, Transformers: O Despertar das Feras resgata a pegada de blockbuster, com personagens queridos das animações e a nostalgia de uma história situada na década de 90.

Atração do catálogo do Paramount+, o longa dirigido por Steven Caple Jr. (Creed II) foi lançado nos cinemas em 2023.

Tempo para novos protagonistas

Em 1994, a descoberta da chave Transwarp atrai os olhares de Unicron (Colman Domingo), tido como um deus Transformer que se alimenta de planetas. Por isso, a posse da fonte de poder permitiria ao vilão cruzar o tempo e espaço, o que somente espalharia destruição pelo universo. Acontece que a chave está em posse de humanos.

No meio disso, um roubo atrapalhado faz com que o ex-militar Noah Diaz (Anthony Ramos) conheça o Autobot Mirage (Pete Davidson). A parceria inesperada adiciona o rapaz à missão dos Transformers liderados por Optimus Prime (Peter Cullen). Mas, o objetivo é simples: roubar o artefato da galeria de antiguidades onde trabalha Elena Wallace (Dominique Fishback).

Como obstáculo, os heróis precisam lidar com Scourge (Peter Dinklage), chefe dos Terrorcons. No entanto, o maior assecla de Unicron representa uma ameaça maior do que parece, por ser abastecido com energia das trevas.

Maximals, diversidade e emoção

“O Despertar das Feras” tem muitos méritos, a começar por Optimus Prime, que é tão simpático quanto um líder pode ser. Bumblebee, o mais carismático da franquia, está em momentos de maior emoção, mas não monopoliza as atenções. Com isso – e para estranhamento de quem assiste –, o divertido Mirage assume o protagonismo pelo lado Transformer. Sua autoestima e jeitão descolado cativam, além dos bons momentos em que ele põe em prática sua habilidade de criar hologramas.

A presença de Maximals, incluindo Optimus Primal (Ron Perlman), Airazor (Michelle Yeoh), Cheetor (Tongayi Chirisa) e Rhinox (David Sobolov), atende aos fãs que pediam por personagens de Beast Wars nos cinemas. Deste modo, o encontro de gerações, prova que a extensa mitologia de Transformers funciona em live-action e que a franquia está longe de se esgotar.

No núcleo humano, os holofotes sobre um latino e uma mulher preta permite à saga ir além dos estereótipos aplicados nos primeiros filmes. E trazer problemas familiares, de saúde e financeiros dá profundidade a tais personagens, o que os torna mais acessíveis e interessantes ao público. Ou seja, essa reinicialização era o que precisávamos para voltar a curtir os robozões!

Entre no clima com “Transformers Rise of the Beats“, a ótima trilha sonora do longa.

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