Reacher: série leva a sério investigação e pancadaria

Se você encontrou Reacher no catálogo do Amazon Prime Video e sentiu falta do Tom Cruise, tenha calma. O personagem que estrela a produção original é o mesmo, saído direto da obra do escritor Lee Child. Porém, em uma nova adaptação que não dialoga com os dois filmes lançados nos cinemas. Atração original do streaming, o título se inspira no livro “Dinheiro Sujo” para propor uma narrativa de investigação mais madura, violenta e fiel à mídia de origem.

No programa criado por Nick Santora (Scorpion: Serviço de Inteligência), o escolhido para viver o misterioso ex-militar e nômade Jack Reacher é Alan Ritchson, visto anteriormente no seriado dos Titãs, como Rapina. Com um perfil mais parecido ao do personagem nos livros, Ritchson esbanja preparo físico para dar conta das intensas cenas de ação e tom debochado para provocar confusão por onde seu protagonista passa. Uma escolha de casting que funciona!

O enredo leva Reacher à pacata cidade de Margrave, no estado da Geórgia (EUA), onde corpos aparentemente sem ligação vêm sendo pregados em paredes. Para piorar a situação, uma das vítimas acaba sendo Joe, o irmão afastado de Jack. Isso é o bastante para Reacher decidir ficar e investigar o que está acontecendo. Para desgosto do chefe de polícia, Oscar Finlay (Malcolm Goodwin, de iZombie), e da oficial Roscoe Conklin (Willa Fitzgerald, de Não Provoque).

Corrupção alastrada

Atraído à cidadezinha por ter sido o último destino de um antigo astro do blues, Reacher tem a difícil missão de enxergar a rede criminosa tecida entre os principais poderes de Margrave, assim como saber em quem pode confiar por lá. O resultado disso são constantes idas de Reacher para o xilindró. Resta a ele desenvolver uma delicada parceria com Finlay e Conklin, o que, respectivamente, rende momentos tensos e quentes. Esta é a sustentação da trama.

Avançando na base da pancadaria, a investigação gira em torno do prefeito, Grover Teale (Bruce McGill, de Rizzoli & Isles), do empresário Sr. Kliner (Currie Graham, de Agente Carter), e de seu filho, KJ (Chris Webster, de Jogo Perigoso). Com isso, o nível de ameaça é grande, deixando pairar desconfiança sobre quando virá o próximo ataque. Por falar nisso, a ação é algo a ser destacado, impressionando pelo número de ossos quebrados e todo sangue derramado.

Sem muito sorrisinho, Reacher se mostra uma adaptação literalmente à altura dos livros de espionagem que há décadas conquistam o público. Não à toa já tem segunda temporada confirmada.

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