Com uma premissa que chamou a atenção do público geek, Ragnarok encontrou seu final na terceira temporada – lançada em agosto pela Netflix. Mas, para quem esperava por uma conclusão digna do que o título representa na mitologia nórdica, a decepção foi grande. Neste post, encerro a cobertura da série com uma análise dos principais pontos da temporada.
Nos episódios anteriores
Mas, antes, para recapitular, vale lembrar que o segundo ano de Ragnorak terminou com Magne (David Stakston) em posse do martelo Mjolnir, enquanto Laurits (Jonas Strand Gravli) se entendeu como Loki, cuidando de sua cria, a Serpente do Mundo. Com isso, a família dos gigantes passou a temer Magne, ao mesmo tempo que passou a apostar no monstro de Loki.
Tentações do lado sombrio
Ao obter a arma mais poderosa do mundo, Magne passa a sentir o dono da cidadezinha de Edda, na Noruega. Assim, ele muda seu comportamento para uma postura mais agressiva, ameaçando principalmente seu inimigo, Fjor (Herman Tømmeraas). O protagonista também rejeita os conselhos de Wotan (Bjørn Sundquist) – entenda como Odin.
Isso acontece porque o martelo tem vontade mais forte que a Magne, mexendo com os brios do garoto. A situação lembra um pouco de como fica Peter Parker com o traje preto. É um ponto interessante, que movimenta a maior parte da temporada. A atitude instável traz ainda movimentação para a vida afetiva do personagem, de um jeito insensível e não característico.
Enredo anticlímax
Assim como as outras temporadas, a terceira possui 6 episódios. Ou seja, se espera que cada um faça valer para a conclusão da narrativa. Porém, isso não acontece. O roteiro se dedica demais à crise de identidade de Magne e sua batalha com a Serpente de Midgard (que não empolga), que não deixa tempo o bastante para a batalha derradeira entre deuses e gigantes.
Final explicado
Aliás, a tal guerra acaba sendo tratada de forma parecida com o confronto de A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2. Ou seja, depois de três sendo acompanhada pelos fãs, a atração revela que a existência de deuses nórdicos foi apenas uma ilusão criada na mente de Magne. Conforme “Ragnarok”, o rapaz sofre de esquizofrenia e, em crise, imaginou viver num de seus gibis.