“Pedágio” é uma jornada pelos desafios da rodovia da vida

"Pedágio" é uma jornada pelos desafios da rodovia da vida

Pedágio, novo filme de Carolina Markowicz, estreia em 30 de novembro no circuito comercial e foi exibido na programação do Festival do Rio e da 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Estrelado por Maeve Jinkings (da série Os Outros) e Kauan Alvarenga, o segundo longa-metragem da carreira da diretora vem trilhando uma relevante carreira internacional.

O longa também foi exibido no Festival de Cinema Internacional de San Sebastian (Espanha), na categoria Horizontes Latinos, e no Festival de Cinema Internacional de Toronto, onde Markowicz recebeu o Tribute Awards na categoria Talento Emergente. Se consagrando como a primeira brasileira a receber essa homenagem, ao lado de nomes como Spike Lee e Pedro Almodóvar.

“Pedágio” recebeu quatro prêmios Redentor no Festival do Rio 2023, sendo: Melhor Ator, para Kauan Alvarenga; Melhor Atriz, para Maeve Jinkings; Melhor Atriz Coadjuvante, para Aline Marta Maia; e Melhor Direção de Arte, para Vicente Saldanha.

Suellen, interpretada por Jinkings, diante da orientação sexual de seu filho, Tiquinho, vivido por Alvarenga comete delitos na tentativa de financiar uma suposta “cura” para a homossexualidade de seu filho, explorando temas complexos como preconceito e aceitação. O filme é uma co-produção entre Biônica Filmes, O Som e a Fúria, Globo Filmes e Paramount Pictures, e é distribuído pela Paris Filmes. O longa retrata a opressão e violência sofrida pela população LGBTQIA+, diante das incoerências e atrocidades promovidas por alguns setores da sociedade. A produção aborda as discrepâncias dentro de uma parcela da sociedade que se considera convencional e procura seguir o caminho que lhe convém. Além disso, adentra a polêmica “cura gay” de um jeito mais incisivo a fim de impactar o espectador.

Trailer

“Pedágio” é uma abordagem tanto humorística quanto dramática da hipocrisia e preconceito em relação à comunidade LGBTQIAPN+. A diretora aborda questões complexas de maneira sutil, usando o silêncio e situações claras para questionar tópicos atuais e relevantes. Suellen é uma mãe solo, periférica, que se sente incomodada com as críticas de terceiros a seu filho homossexual. Ela entende que ser um homem gay é um defeito e faz de tudo para salvá-lo. A personagem age com a crença de que está fazendo o melhor para Tiquinho, mas não consegue manter um diálogo com ele, apesar de terem uma boa relação, o que contribui para sua complexidade.

Os protagonistas, mãe e filho não chegam a ser antagonistas, há sentimentos conflitantes mas não falta amor. A relação tumultuada torna-se um personagem sombrio que influencia todas as ações e consequências para os protagonistas. Suellen vive em um relacionamento abusivo repleto de falsas promessas e despeja suas frustrações em seu único filho, devido à solidão e carência que enfrenta no presente. Tiquinho sofre com as agressões por sua orientação sexual mas não deixa de seguir seu caminho driblando a bolha conservadora que sua mãe está estacionada.

Sinopse 

Suellen, cobradora de pedágio, percebe que pode usar seu trabalho para fazer uma renda extra ilegalmente. Mas tudo por uma causa nobre: financiar a ida de seu filho à caríssima cura gay ministrada por um famoso pastor estrangeiro.

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