Paixão e ódio de Amor, Sublime Amor seguem atuais

Amor, Sublime Amor é vívido carrossel de emoções

Nova adaptação do musical da Broadway de 1957, Amor, Sublime Amor (West Side Story, EUA, 2021) chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (9) sob a expectativa de ser o mais recente trabalho do aclamado diretor Steven Spielberg (Tubarão, Indiana Jones, E.T.: O Extraterrestre). Como destaque, a produção da 20th Century Studios aposta em um elenco jovem, talentoso e multiétnico para contar a atemporal história de um amor impossível.

Durante 2h36 de duração – que passam muito brevemente –, o público é apresentado à rivalidade entre as gangues dos Jets, composta por jovens estadunidenses, e os Sharks, formada por imigrantes porto-riquenhos. Os grupos duelam pelo comando de um bairro pobre em Nova York, que será demolido para dar lugar a prédios de uma vizinhança mais abastada. Enquanto um lado sofre por não ter perspectivas para o futuro, o outro lida com a falta de aceitação.

Porém, em meio à brigas de rua e muita dança, floresce o amor entre Tony (Ansel Elgort, de A Culpa é das Estrelas), antigo líder dos Jets, e María (Rachel Zegler, estreante), irmã caçula do chefe dos Sharks, Bernardo (David Alvarez, de American Rust). A conexão instantânea entre os dois e sua necessidade imediata de ficarem juntos logo acirra os ânimos das gangues, mas também coloca o amor como solução para todos os conflitos. E é por isso que torcemos.

Realidade crua

Enquanto belas canções e coreografias dão ar surreal à violência juvenil, Amor, Sublime Amor toca em questões bastante contemporâneas. Os ataques a imigrantes, o machismo e assédio sobre Anita (Ariana DeBose, de Schmigadoon!), mulher negra, empreendedora e companheira de Bernado, são pontos de impacto. Já o posicionamento de Anybodys (Iris Menas, de Ridley Jones: A Guardiã do Museu) como personagem transgênero torna a obra mais inclusiva.

Musical de encher os olhos, o longa mostra que amores impossíveis seguem atuais e o ódio também.

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