One Piece: a série é adaptação cheia de acertos

One Piece: a série é adaptação positiva em vários sentidos
Cortesia da Netflix

Com uma base de fãs fiel no mundo todo, One Piece: A Série estreou sob muitas expectativas na Netflix. Afinal, a saga criada por Eiichiro Oda tem sido sucesso em sua mídia original – os mangás – e acumula mais de mil episódios no anime, além de games e diversos produtos. Agora, depois de primeiras impressões otimistas, já podemos dizer que a adaptação da história dos Chapéus de Palha também foi um acerto no streaming. A seguir, você confere nossa análise da 1ª temporada de “One Piece: A Série”!

Adaptação bem feita

O seriado criado por Steven Maeda (Lost) e Matt Owens (Marvels Agents of S.H.I.E.L.D.) mostrou saber do incrível potencial da narrativa para incluir os detalhes importantes dos primeiros arcos do mangá. E fez isso dentro de oito episódios com aproximadamente 1h de duração. Desta forma, o público – mesmo não iniciado à saga – pôde entender a ligação de Monkey D. Luffy (Iñaki Godoy) com o veterano Shanks (Peter Gadiot) e a origem de seus poderes elásticos.

Além disso, a produção foi hábil em evidenciar o desejo do protagonista: se tornar o Rei dos Piratas. Para isso, Luffy embarca numa aventura pelo East Blue (um dos quatro mares desse universo) em busca do tesouro lendário de Gold Roger (Michael Dorman). O objetivo é encontrar uma rota para Grand Line, corrente oceânica em que navegam os maiores piratas da atualidade. São metas claras que deixam a narrativa fluir de vento em popa – é, não pude evitar o jargão!

Protagonistas: uns queridos

Se a trama agrada com facilidade, os personagens não deixam por menos. A começar por Luffy, um sonhador, questionador e líder empático. Para realizar seu desejo, ele sabe que precisa de uma tripulação e recruta apenas quem também possui ambições. É assim que conhecemos o espadachim Roronoa Zoro (Mackenyu) e a ladra/navegadora Nami (Emily Rudd). Enquanto Zoro, em flashbacks, tem explicada sua vontade de ser o maior espadachim do mundo, Nami quer comprar a liberdade de sua vila.

Mais adiante na temporada, entram em cena Usopp (Jacob Romero, de Greenleaf), cujo sonho é se tornar um capitão pirata, e Sanji (Taz Skylar, de O Projeto Lazarus), um cozinheiro de mão cheia. Usopp precisa lidar com seus medos para estar à altura do posto, à medida que Sanji procura o chamado All Blue, local em que a lenda diz existirem ingredientes culinários únicos.

Esse quinteto dá liga, tanto na concepção dos personagens, quanto nos atores escolhidos para cada papel.

Vilões: um show à parte

Eles são destaques e impulsionam nossos heróis às suas melhores versões. Sim, os vilões roubam a cena em “One Piece: A Série”. Para começar, Morgan da Mão de Machado (Langley Kirkwood) sinaliza que a Marinha é passível de atos moralmente questionáveis. Morgan trava a primeira batalha com Luffy, Zoro e Nami, servindo também para unir o trio. Já Buggy, o palhaço, além de bem caracterizado, conta com uma assombrosa interpretação de Jeff Ward (Agents of S.H.I.E.L.D.).

Arlong (McKinley Belcher III, de Ozark) fecha a trica de antagonistas da temporada, sendo também seu principal. Líder dos homens peixe, o malvado age de forma violenta alegando ser uma resposta à maneira desigual com que a sociedade trata aqueles de sua casta. Aparência de tubarão intimida e a trilha de rap/hip hop lhe adicionam uma identidade marcante. Seu duelo com Luffy é sem dúvida o ápice da atração nesse primeiro ano.

Com tudo isso dito, a gente só espera que a segunda temporada (já confirmada) não demore muito a chegar!

Next Post

5 livros de crônicas para gerar reflexões em jovens leitores

O Dia Nacional do Livro, comemorado em 29 de outubro, celebra a importância da leitura para a formação do pensamento crítico e interpretação da realidade. A data escolhida homenageia a fundação da Biblioteca Nacional do Brasil, em 1810, após a chegada da família real portuguesa no Rio de Janeiro. E […]