O Batman, do diretor Matt Reeves, trouxe uma história crua e visceral sobre criminalidade e um homem tentando fazer a diferença como vigilante mascarado. Mas, e se alguém se aproveitasse dessa figura para cometer assassinatos de criminosos se passando pelo homem vestido de morcego? Essa é a premissa de Batman: O Impostor, que compila a minissérie publicada pela Panini.
Com desenhos de Andrea Sorrentino e cores de Jordie Bellaire, a HQ tem texto de Mattson Tomlin, que também fez parte da equipe de roteiristas do Batman que chegou aos cinemas neste ano – daí o foco em uma história policial, verossímil e imersiva.
Na trama, que acompanha as sessões análises de Bruce Wayne com a psiquiatra Leslie Thompkins, vemos um Batman em começo de carreira que vê sua cruzada contra o crime de Gotham avançar apenas um passo enquanto recua dois.
Após conseguir expor a corrupção ao lado de James Gordon, ele viu seu homem de confiança ser expulso do DPGC e agora precisa lidar com o impostor do título antes que sejam cometidos outros assassinatos em seu nome. Isso enquanto a polícia está no encalço do Batman de Wayne. Principalmente a detetive Blair Wong.
Heroísmo em xeque
Ainda que o plot de um Batman falso e assassino já fosse bom o suficiente para render a história, a abordagem das diferenças sociais ganha espaço importante em “O Impostor”.
Afinal, quando a luta do Homem-Morcego causa danos ao patrimônio dos ricaços de Gotham, como a família Wesker, é quando o DPGC é ainda mais pressionado a colocar um fim nas atividades do vigilante. Isso, claro, para encobrir possíveis fraudes de seguro ou outras atividades ilícitas que eles podem estar envolvidos. Ou, simplesmente porque a exposição da criminalidade e da impotência da polícia é ruim para os negócios.
Batman: O Impostor é mais um título do selo Black Label, da DC e, como outros do herói, um gibi que vale a pena estar na coleção de quem gosta do personagem ou até mesmo de quem ainda não é leitor, mas curtiu a abordagem do longa com Robert Pattinson como o Cruzado Encapuzado.
