Broly, um dos guerreiros mais fortes criados por Akira Toriyama, jamais teve a atenção merecida – apesar de atuado como protagonista nos filmes Broly, O Lendário Super Saiyajin, O Retorno do Guerreiro e O Combate Final, que o tratam como rival de Goten e Trunks. No entanto, uma das maiores injustiças cometidas pela franquia de mangás e animes está prestes a ser reparada com o lançamento de Dragon Ball Super: Broly (Dragon Ball Super: Broly, Japão, 2018), filme que estreia no próximo dia 3 de janeiro nos cinemas brasileiros.
Com roteiro e design de personagens do próprio Akira Toriyama, o longa retorna 41 anos, quando o Rei Cold apresenta seu filho e sucessor como imperador do mal: o ardiloso Freeza (voz de Carlos Campanile, na versão brasileira). Escravizado e resistindo sob tensão, o planeta dos saiyajins tem sua esperança de volta com o nascimento de Broly, um menino com grande poder latente, que supera até mesmo o nível do príncipe Vegeta (dublado por Alfredo Rollo, durante a fase a adulta). Porém, o orgulho faz com que o Rei Vegeta condene Broly e seu pai, Paragus, ao exílio.
Além de explorar os costumes e organização social dos saiyajins, a obra com direção assinada por Tatsuya Nagamine (One Piece: Heart of Gold) constrói todos os caminhos que levaram Goku (tido como um lutador de classe inferior em seu planeta natal), Vegeta e Broly a uma das maiores batalhas da saga. O objetivo aqui é humanizar Broly, tirando-lhe a imagem de uma fonte inesgotável de poder para apresentá-lo como alguém que sofreu em isolamento e sob os abusos do pai, além de o retratar como vítima do descontrole causado pelo seu ki elevado.
Ao alinhar a nova história de origem de Broly, Dragon Ball Super: Broly adiciona o personagem ao cânone do anime – esquecendo-se da trilogia anterior, apesar de fazer algumas referências –, e posiciona sua aparição após a conclusão do Torneio do Poder (o que nos faz esperar que o chamado Lendário Super Saiyajin retorne para a série Dragon Ball Super, eventualmente). Ainda é possível observar que o longa-metragem oficializa o especial de TV Bardock: O Pai de Goku como parte da narrativa ao exibir uma de suas cenas clássicas.
Mas não poderia ser Dragon Ball sem uma grande luta. Com Goku, Vegeta, Broly e Freeza se enfrentando no máximo de seus poderes, o título entrega um combate eletrizante e empolgante, com momentos intensos e interações inéditas, assim como a reutilização de uma das técnicas mais pedidas pelo público. O destaque fica por conta das transformações nunca vistas e das participações de personagens mais recentes, como Lorde Bills, o Deus da Destruição, e o anjo Whis – a carismática dupla introduzida no filme Dragon Ball Z: A Batalha dos Deuses.
Lançado pela 20th Century FOX e com Wendel Bezerra como Goku, Dragon Ball Super: Broly facilmente supera os 8 mil!