O Fantama volta ao Brasil em HQs com aventuras inéditas

Carlos Bazela

Você provavelmente já conhece O Fantasma. Seja no desenho Phantom 2040, que apareceu no Brasil na década de 1990, por conta do filme com Billy Zane, lançado na mesma época, ou mesmo em sua mídia original. Nos quadrinhos, o herói de roxo apareceu por aqui  na década de 1960 e em especiais sazonais publicados ao longo dos anos.

Agora, o Espírito que Anda está de volta na publicação mensal da Mythos Editora, atualmente em sua terceira edição. Mas, você não precisa começar a ler necessariamente da número um, pois os gibis seguem o formato de antigamente, trazendo aventuras completas do herói.

O personagem clássico surge em histórias novas e atualizadas! (Foto: Mythos Editora)

Nestas novas histórias, o personagem ainda é o vigésimo primeiro de sua linhagem a assumir o papel de protetor das selvas de Bangalla, com o lobo Capeto e o corcel branco Herói ao seu lado, bem como a tribo de pigmeus Bandar. A ambientação, contudo, é moderna, o que pode ser visto pelos carros e pela presença de celulares, mostrando que O Fantasma pode ser atualizado para qualquer época e se manter fiel à sua essência.

Fantasma escandinavo

As aventuras inéditas que estão sendo publicadas pela Mythos são de origem sueca e publicados originalmente pela editora Egmont. Aliás, O Fantasma foi licenciado para as terras nórdicas por volta da década de 1960 e segue sendo publicado por lá desde então, em um contrato que dá liberdade criativa aos editores para conceber novas histórias.

E é isso que os roteiros de Claes Reimerthi têm feito. Ainda preservando o ar levemente inocente das histórias antigas, as novas tramas inserem o Espírito que Anda em assuntos que vão desde traficantes de drogas na selva até golpes de estado e intrigas internacionais. Os piratas da Irmandade Singh seguem como inimigos do herói e foram atualizados para oferecerem uma ameaça ainda maior.

O Fantasma é um personagem presente em diversas mídias ao longo de décadas.

As artes de Henrik Johnson e Heiner Bade, que estão nas duas primeiras edições, também são caprichadas e compõem bem o clima das histórias, por serem mais complexos que os traços de antigamente. Um upgrade e tanto para quem conheceu o personagem em desenhos simples e contidos.

O ressurgimento do Fantasma em uma série regular de qualidade é uma das melhores notícias que os leitores de HQs podem receber. Além de alternativa ao cenário super-heroico atual, que oscila prioritariamente entre Marvel e DC, é a chance de leitores que já passaram dos 50 anos matarem a saudade do personagem, enquanto o apresentam às novas gerações e mantém seu legado vivo. Assim como é feito há cerca de 400 anos na selva de Bangalla.

Next Post

Sessão Retrô: Crepúsculo (2008)

O ano é 2008 e todos somos apresentados ao novo filme teen que seria um dos maiores sucessos entre a galera jovem – e alguns adultos também – e um verdadeiro nirvana para os fanfiqueiros de plantão: Crepúsculo, adaptação do livro de Stephenie Meyer que conta a estória de Edward Cullen, […]