Catorze anos se passaram, e estamos de volta aos cinemas para assistir ao Senhor Incrível, Mulher-Elástica, Violeta e Flecha em ação novamente. Mas, sim, as crianças que viram o primeiro filme dos heróis da Disney•Pixar, em 2004, já são adultos agora, assim como o mundo não é mais o mesmo. Entrando em cartaz nesta quinta-feira (28/06), Os Incríveis 2 (The Incredibles 2, EUA, 2018) chega trazendo aquela boa sensação de nostalgia, porém, atualizando-se com questões dos dias de hoje e várias novidades nas vidas dos protagonistas.
Dirigida por Brad Bird (Os Incríveis e Ratatouille), a animação funciona como uma continuação imediata da obra original, sendo marcada por três mudanças essenciais: 1) Ações de heroísmo são consideradas algo ilegal. 2) A Mulher-Elástica é quem precisa sair de casa para ir trabalhar. 3) No lar, Senhor Incrível deve cuidar dos filhos, inclusive de Zezé, bebê que desenvolveu mais de uma dezena de superpoderes. Sim, os tempos mudaram até para a família Pêra. Além disso, surge a empresa de telecomunicações Devtech fazendo campanha para tirar os heróis das sombras.
Espelho das transformações da sociedade, Os Incríveis 2 faz o público maduro refletir ao propor a inversão de papéis, mostrando, aos homens, as dificuldades e o valor do trabalho doméstico, e, para as mulheres, reforçando o quanto são capazes de exercer a função de liderança. Para quem possui menos idade, destaque para as cenas em que aparece o transmorfo Zezé – que consegue levar todos à loucura com uma gama de habilidades especiais – e para as desventuras de Violeta e Flecha, que lidam com a adolescência e dupla-identidade.
Atração indispensável na agenda de crianças, adultos e, com certeza, de famílias inteiras, a sequência de Os Incríveis se faz atual, divertida e nostálgica – afinal, além de matar a saudade de Gelado e Edna Moda, o longa mantém a tradição de caprichar nas traduções para termos tipicamente brasileiros.
Os Incríveis 2 nos cinemas brasileiros em 28 de junho.
