Uma série literária de sucesso no mundo todo, Goosebumps ganhou uma nova versão em live-action. É bem verdade que ainda temos na lembrança os filmes com Jack Black, mas decidimos dar uma chance à adaptação que chegou ao Disney+. Essa grata surpresa já tem uma temporada completa com 10 episódios e dos bons nomes do terror: o ator Justin Long.
Conhecido pelos longas Olhos Famintos (2001) e Arraste-me para o Inferno (2009), Long dá vida ao professor Nathan Bratt, que funciona como fio condutor para uma infinidade de terrores que atacam Port Lawrence. A cidade costeira carrega o trauma da morte de Harold Biddle (Ben Cockell) nos anos 1990. E, com o passar de duas décadas, esse fantasma volta a assombrar.
Os protagonistas
A vingança de Biddle, entretanto, recai sobre os filhos dos responsáveis pelo seu fim trágico. Assim, a série criada por Rob Letterman (Goosebumps: Monstros e Arrepios) e Nicholas Stoller (Platonic) põe seus olhos sobre o quinteto de protagonistas. Isaiah Howard (Zack Morris) treina para ser jogador de futebol americano, enquanto Margot Stokes (Isa Briones) prefere livros e solidão. James Etten (Miles McKenna) é o rebelde da turma, sempre com uma tirada ácida na ponta da língua.
Isabella Chen Lopez (Ana Yi Puig) se firma como o braço forte, por sua coragem e personalidade. Já Lucas Parker (Will Price) se mostra fã de esportes radicais, mas como uma resposta ao trauma pelo falecimento de seu pai. Ao longo desta 1ª temporada, o elenco dá liga, em especial pela química entre os personagens, que alterna de episódio para episódio. Os dramas amorosos, principalmente, oferecem um carrossel de emoções.
Slappy e muito mais
Como faz a série do Chucky, “Goosebumps” aproveita muito da mitologia já estabelecida na saga. Dessa forma, livros como Say Cheese and Die!, The Haunted Mask, The Cuckoo Clock of Doom, Go Eat Worms e Night of the Living Dummy são adaptados e se tornam capítulos do quadro geral do enredo.
A abordagem é divertida e faz quem assiste desejar mais do que os 40min de cada episódio. A série demonstra ciência de para quem está sendo oferecida, sem pesar a mão no horror, mas dando um susto e outro. E, com isso, se aprofunda na origem de seu maior ícone, o boneco ventríloquo Slappy (Chris Geere).
O respeito pela matéria-prima somado à sagacidade (o 1º capítulo termina ao som de Goosebumps, de Travis Scott, por exemplo) para entreter crianças, jovens e adultos surpreende e faz da atração um belo achado no catálogo.