O Brinquedo Assassino já é tema de vários filmes, mas, aos poucos, essa figura icônica do universo de terror foi perdendo o impacto entre o público – devido ao desgaste de tramas. Porém, Chucky: A Série chegou para colocar o personagem criado Don Mancini novamente em destaque na cultura pop. Com 9 episódios, a atração tem sua primeira temporada disponível no serviço de streaming Star+, da Disney, com uma narrativa atual e bastante interessante.
Situada depois dos acontecimentos de O Culto de Chucky (2017), a atração se passa na cidade de Hackensack, em Nova Jersey (EUA), que apesar de pacata, tenta esquecer um trágico massacre em seu histórico (no ano de 1965). Mas, quando Jake Wheeler (Zackary Arthur, de Transparent), menino de 14 anos que vive com seu pai, Lucas (Devon Sawa, de Somewhere Between), adquire um boneco vintage, uma sequência de mortes volta a acontecer.
Em Chucky: A Série, o brinquedo assassino (Brad Dourif, que dá voz ao personagem desde o filme de estreia, em 1988) se apresenta como único amigo de Jake, que se vê solitário para falar sobre sua homossexualidade e exibir sua arte. Dessa forma, Chucky acha abertura para incentivar o garoto a atacar aqueles que cometem bullying contra ele, como seu primo, Junior (Teo Briones, de Ratched), e a namorada, Lexy (Alyvia Alyn Lind, de Future Man).
Mitologia densa
Para quem perdeu algumas décadas de longas-metragens do Chucky, a primeira metade da temporada do programa prende a atenção como uma história de autodescoberta e amadurecimento, bem como pela pegada de investigação sobre o assassino em série à solta por Hackensack. Para os especialistas na mitologia do personagem, a etapa final se intensifica num plano megalomaníaco envolvendo Tiffany (Jennifer Tilly, de A Noiva de Chucky).
Num vasto repertório, o título ainda traz Andy (Alex Vincent, protagonista do primeiro filme), Kyle (Christine Elise, de Brinquedo Assassino 2) e Nica (Fiona Dourif, de A Maldição de Chucky), todos rostos conhecidos no universo do matador de brinquedo. Para quem curte, é um show de referências regido pelo próprio criador de Chucky, Don Mancini.
