Mortal Kombat 11 inova com personalização e localização em português

Rafa Tanaka

O ano de 2019 parece ser o período de reviver o passado – ou, como prefiro dizer: o momento de sentir a nostalgia. Os jogos lançados até agora sustentam minha afirmação, porque já tivemos Resident Evil 2 Remake e Devil May Cry 5 reformulando grandes sagas. Dessa vez, temos em mãos nada menos que Mortal Kombat 11.

Depois do auge da era 3D no começo dos anos 2000, os jogos queriam provar que eram dignos de ter essa tecnologia. Com Mortal Kombat, não foi diferente. O quarto game da série passou por isso, com avanços em tecnologia, mas não a seu enredo. Os títulos seguintes tiveram tramas perdidas com falta de coesão, o que desagradou a maioria dos fãs, uma vez que o modo história tem ganhado importância nos games de luta. Para mudar tudo, Mortal Kombat 9 precisou esquecer o passado, em lançamento em 2011.

Mortal Kombat oferece 24 personagens jogáveis sem custo adicional. (Foto: WB Games)

Mortal Kombat 11 segue os acontecimentos do título anterior, quando os heróis do plano terreno lidam com as perdas e consequências, seguindo suas vidas, prontos para novas ameaças deixadas pelo fim de Shinok e seus generais. Eis que surge Kronika (a deusa do tempo), decidida a estruturar toda linha temporada prejudicada por Raiden e seus atos, o que a leva a juntar passado e presente num enredo carregado de ficção científica, em que personagens dos dois primeiros jogos aparecem e encontram suas versões mais velhas. Reunidos, eles devem impedir a vilã de concluir seus objetivos, tudo isso regado a muita porrada e cheios de referências.

Uma das maiores surpresas é a dublagem dos personagens, pois todos estão com suas vozes combinando, o que traz um ar de filme blockbuster para a história. A jogabilidade é umas mais inovadoras, pois, a NetherRealm pegou o que funcionou em Injustice 2 e trouxe a MK 11. Temos golpes fluídos e facilidade para combos perfeitos. Em vez de termos o X-Ray, somos apresentados ao Finish Blow – que pode ser executado uma vez durante a partida, nos momentos em que a vida do personagem estiver pela metade. Não podemos esquecer dos Fatalities, que retornam ainda mais brutais e sanguinários, com inovação e o impacto de litros de sangue jorrando.

Especialmente para o Brasil, Kano ganhou uma versão como “cangaceiro”. (Foto: WB Games)

Incrível ver a evolução gráfica. Os personagens e cenários estão mais realistas, o motor gráfico surpreende ainda com o jogo rodando em 60 fps sem quedas de frames. Impressiona ver o detalhamento de cada golpe ou gota de sangue, o que, no fim, se torna um espetáculo. Foi uma das raras vezes em que voltei a ficar entusiasmado com um game de luta.

A Torres estão de volta, com várias dificuldades, onde cada personagem possui seu próprio final – uma pena é que nem todos os personagens da história são jogáveis. A Kripta chega de uma forma diferente e se parece mais com um RPG, onde seu personagem deve percorre a Ilha de Shang Tsung abrindo baús para desbloquear roupas, fatalities e golpes. Esse é um dos Mortal Kombat mais personalizáveis que joguei, pois, quase tudo pode ser desbloqueado, explorado e conquistado. A parte negativa são as microtransações, que se fazem necessárias para a liberação de certos conteúdos.

Para Playstation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC, Mortal Kombat 11 é um show para seus fãs, trazendo uma nova e mais dinâmica jogabilidade (pronta para a porrada), gráfico que surpreende e história que deixa legado para o futuro. Uma merecida homenagem à franquia clássica.

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