O MonsterVerse é real e está em constante expansão. Agora, a aguardada série Monarch: Legado de Monstros estreia na Apple TV+, funcionando como fio condutor para filmes como Godzilla (2014) e Kong: A Ilha da Caveira (2017). E nós tivemos acesso antecipado aos episódios da produção, para trazer para você as seguintes impressões:
História fundamental
Em seu início, o seriado se divide em duas linhas narrativas, sendo uma no passado (década de 50) e outra no presente (2015). No século passado, os protagonistas são o militar americano Lee Shaw (Wyatt Russell), a Dra. Keiko Miura (Mari Yamamoto) e o ex-fuzileiro Bill Randa (Anders Holm). O trio investiga rastros de radiação em diferentes partes do mundo e sua ligação aos Titãs.
Ao longo dos primeiros capítulos, aprendemos que os monstros gigantes são chamados de M.U.T.O.s (Massive Unidentified Terrestrial Organism, ou “Organismo Terrestre Massivo Não-Identificado”).
Além de encarar alguns M.U.T.O.s, estes personagens são importantes para a trama por pavimentarem os caminhos do núcleo do futuro. Enquanto a presença do jovem Shaw acena para as atividades obtusas da Monarch, organização científica fundada em 1946. Shaw, pelo comprometimento com o governo dos EUA, deve ter papel decisivo nos rumos de Miura e Randa, pelos quais inicia amizade.
Este grupo atua antes dos eventos de “Kong: A Ilha da Caveira”, situados em 1973. O seriado se relaciona com este longa ao mostrar a versão de Bill Randa vivida por John Goodman tentando salvar arquivos da Monarch.
Laços de família
Em 2015, ganha destaque a saga de Cate Randa (Anna Sawai), sobrevivente da destruição vista em “Godzilla”, de 2014.
Ela é filha de Hiroshi Randa (Takehiro Hira), dado como morto. Quando a jovem deixa os EUA para resolver pendências de seu pai no Japão, ela descobre que seu pai tinha uma outra família no país asiático e deixou estudos e documentos sobre a Monarch e os Titãs.
Cate lida com diversos traumas. O encontro com o Rei dos Monstros lhe deixou cicatrizes, assim como o anúncio do falecimento de seu pai. Esse drama se acentua quando a protagonista precisa interagir com seu meio-irmão, Kentaro Randa (Ren Watabe). A relação complicada dos dois promete tensões e farpas, mas também a investigação sobre o que realmente houve com aquele que os liga.
Primeiras impressões
Os comentários feitos aqui levaram em consideração os quatro episódios inicias de “Monarch: Legado de Monstros”, e evitando trazer spoilers que podem comprometer a experiência. Tendo isso em vista, podemos dizer que a série tem um começo intrigante, uma vez que não é possível saber para onde seguirá a história, embora ela ganhe rápido nossa atenção. Ou seja, a narrativa vai se complementando, como um filme com mais de 10h de duração.
O capricho com os detalhes – e são vários – também é impressionante, porque a atração faz constantes transições pela linha do tempo, tendo que se adaptar aos cenários, figurinos e elencos de cada época. A consistência é tanta que Kurt Russell foi escalado para a versão mais velha do personagem vivido pelo seu filho, Wyatt Russell.
Mais um ponto importante, claro, são os monstros. Eles surgem em cena com qualidade gráfica excelente, merecendo elogios pelo impacto causado – que coloca a produção do streaming em nível de igualdade com uma experiência de cinema.