Machismo é vilão em thriller com Keira Knightley

Machismo é vilão em thriller com Keira Knightley

Imagine viver num mundo onde mulheres sofrem para receber tratamento igualitário em ambientes de trabalho. E, para piorar, não encontram segurança nem em casa, pois casos de feminicídio só aumentam. É bem verdade que, infelizmente, todas essas coisas poderiam ser as manchetes de hoje. Mas este é o cenário que Keira Knightley (Orgulho & Preconceito) encara interpretando uma jornalista nos anos 1960, no thriller O Estrangulador de Boston.

Com direção e roteiro de Matt Ruskin (Crown Heights), o longa acompanha Loretta McLaughlin em seus dias na redação do jornal Boston Record American. Enquanto percebe um padrão em ocorrências de mulheres assassinadas em suas residências, a repórter precisa convencer seu editor, Jack Maclaine (Chris Cooper, de Quebra de Confiança), de que pode trabalhar no setor de jornalismo investigativo – área de predominância masculina.

Para completar, o sexismo aparece em seu caminho durante as investigações. Seja pelo tratamento que recebe de policiais abordados em entrevistas, seja pela força policial (como instituição) em sua tentativa de desacreditá-la.

O mal alastrado

A história baseada em acontecimentos reais, por si só, já é interessante – e fica ainda mais com o que vem na sequência. Quando Loretta começa a perfilar suspeitos, nota dificuldade em identificar o mais inclinado a ter cometido tantos ataques brutais. Afinal, entre sua cidade e as vizinhas, há uma grande lista de homens com registro de crimes contra mulheres. Nisso, o filme aumenta o tom de suspense para enfatizar o perigo que esses sujeitos representam – sejam eles ex-namorados, ricaços inconsequentes, etc.

E o que mais chocante – e evitaremos dar spoiler – é ver como a onda de mortes mascara uma verdade ainda pior. Aqui, o longa ressalta como a cultura do machismo está intrincada entre a sociedade e como a violência contra a mulher se tornou frequente.

No fim das contas, o título estrelado por Keira Knightley oferece uma narrativa desconcertante e necessária, com uma direção que prende a atenção e instiga à reflexão. Assista no Star+.

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