Life is Strange: o que falsas escolhas nos fazem sentir

Life is Strange: o que falsas escolhas nos fazem sentir

Em 2015, estreou o jogo que tornaria ainda mais popular o conceito de “jogo de escolhas” ou “filme interativo”, apresentando em cinco episódios a história de Max Caulfield, jovem que descobre ter a habilidade de rebobinar o tempo, para poder salvar a vida de sua amiga Chloe. A partir deste ponto, Life is Strange se tornaria uma franquia com muitas histórias diferentes para contar, cada qual com mais escolhas para o jogador tomar.

Não sendo o primeiro deste tipo – “Heavy Rain” andou para que Life is Strange pudesse voar –, a sensação de fazer as escolhas pela protagonista torna toda a experiência bastante envolvente, principalmente para aqueles que estiverem dispostos a adentrar em um jogo em que a história fala mais alto do que a ação.

Com personagens cativantes, os jogadores são convidados a se apaixonar não só pelos personagens mais presentes, como Max e Chloe, mas também pelos secundários, como Warren e Kate Marsh. Além disso, trata de assuntos bastante relevantes, como bullying, suicídio e luto. Desta forma, vai além da simples função de entreter, propondo também uma reflexão sobre problemas que continuam frequentes nos dias de hoje.

Porém, ainda que com tantos pontos positivos, os negativos acabam afetando a experiência daqueles que decidem entrar nos dramas de Arcadia Bay.

Mesmo com tantas escolhas para se fazer ao longo do jogo, a escolha final traz uma sensação amarga de que nada do que foi decidido até então realmente importou para o desfecho da trama. Nos cinco capítulos de Life is Strange, a única escolha que realmente importa é a última. E em um jogo em que o ponto alto é poder fazer escolhas, isso pode ser bastante frustrante.

Ainda assim, há quem diga que “o que importa é o caminho, não o final”. Para aqueles que pensam deste jeito, a história de Max e Chloe ainda pode ser um grande deleite, onde os jogadores podem se divertir interagindo com a cidade de Arcadia Bay, desvendando mistérios e criando belos laços com os personagens ao redor.

Mesmo nove anos após seu lançamento, segue sendo relevante para os dias de hoje, e continua sendo uma das mais divertidas e originais representações de viagem no tempo nos games. Life is Strange pode não ser perfeito, com um final que deixa a desejar quando se tem em mente ser um jogo de escolhas, mas entrega uma história fascinante, repleta de criatividade e boas intenções.

Mas e você? Qual será sua escolha final?

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