Em suas inúmeras versões e formações ao longo de décadas, as histórias dos Titãs sempre foram mais do que as responsabilidades da vida heroica, se tratando sobre a transição da infância à vida adulta, enquanto lidam com conflitos com as gerações anteriores. Agora, chega a vez do renomado roteirista Jeff Lemire conferir sua intepretação para a equipe em Jovens Titãs: Terra Um, publicada aqui pela Panini.
Com a arte de Terry e Rachel Dodson, Cam Smith e Brad Anderson, a história gira em torno de Victor Stone, Tara Markov, Joey Wilson e Garfield Logan. Os 4 estão em seu primeiro dia de aula no ensino médio, mas logo descobrem que têm bem mais em comum do que a escola onde estudam.
Do nada, Stone começa a manifestar um estranho revestimento metálico em seu corpo, Garfield vê sua pele mudar para a cor verde e passa a se transformar em qualquer animal que deseje, Tara se torna capaz de controlar o solo e Joey… bem… nada acontece com Joey. Mas, assim como os outros, ele também é compelido a se dirigir a um farol, onde uma voz que se apresenta como Estelar pede socorro. A pior parte é que o que está acontecendo com o grupo parece não ser novidade para os seus pais. Ou as pessoas que eles sempre acreditaram ser seus pais.
A meio país dali, outra jovem, a Ravena, que vive numa reserva indígena do povo Navajo, no Novo México, sabe exatamente o que os outros adolescentes estão passando, mesmo nunca tendo se encontrado com eles. E ela também recebe o mesmo pedido de socorro. Mas, ela terá como ajudar diante de tal distância?
Adolescentes em fuga
Jovens Titãs: Terra Um pode ser interessante tanto para os novos leitores, quanto aos curiosos pelos novos caminhos criados para os adolescentes da DC. No entanto, a origem apresentada sobre os poderes do grupo no primeiro volume parece um tanto simplista. Assim como a já batida dinâmica problemática entre pais e filhos que criam uma relação de rivalidade e é extrapolada para níveis de inimizade.
Contudo, o foco na fuga dos jovens, sua busca por respostas e como vão conseguir se relacionar entre si, com seus novos poderes e sem seus pais promete uma boa narrativa nos volumes a seguir. Assim como a revlação do papel de Estelar e Ravena na história.
Assim, se seguir uma lado mais emocional, a obra deve agradar quem gostou de Fugitivos, da Marvel, por exemplo. Principalmente se tirar o proveito certo do traço mais exagerado e quase cartunesco de Terry Dodson.