Nos papéis principais do remake de Ben-Hur (leia a crítica aqui), Jack Huston (Orgulho e Preconceito e Zumbis) e Rodrigo Santoro (Os 33) receberam a imprensa para uma entrevista coletiva em São Paulo, para falar sobre os bastidores do filme e os desafios de recriar um clássico do cinema e da literatura. Deste modo, no longa-metragem, que estreou na última quinta-feira (18/08), a dupla destacou a adoção de uma mensagem pacífica, a cena da corrida de bigas e a crucificação de Jesus.
Diferente da versão clássica (lançada em 1959 e vencedora de 11 Oscars), o repaginado Ben-Hur procura trazer a figura de Jesus Cristo o mais próximo possível, com a elogiada interpretação de Rodrigo Santoro. “É uma sensação indescritível estar pregado numa cruz”, afirmou o brasileiro, que se emocionou ao lembrar o momento mais impactante da produção. “Foi doloroso de ver”, completou Huston, que participou das gravações da passagem inspirada na bíblia.
Dirigido por Timur Bekmambetov (Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros), o título também aposta em boas doses de realismo na esperada corrida de bigas. “Foi muito real e assustador”, descreveu Jack Huston, que teve 3 meses e meio para praticar com os cavalos. “Todo medo que sentimos teve que ser substituído por confiança”, continuou o britânico, que ainda citou brincadeiras sobre sua expressão de espanto no set de filmagens.
Consciente sobre o cenário atual, o filme deixa os sentimentos negativos para investir em lições de bondade e perdão. “O mundo de hoje já é tão cheio de ódio… A mensagem de Ben-Hur é muito contemporânea”, analisou Santoro, também esperando que o público receba a produção com o “coração aberto”. Entretanto, apesar da mudança de tom, Jack Huston fez um aviso aos fãs da obra original: “A história permanece intacta”.