Gundam Seed Destiny mostra que a paz é temporária no espaço

Carlos Bazela
Gundam Seed Destiny mostra que a paz é temporária no espaço

Gundam Seed Destiny é sequência imediata de Gundam Seed (leia nossa crítica) e, levando em conta o modo abrupto como o primeiro arco termina, já com os créditos finais passando nos últimos acontecimentos da batalha derradeira, uma continuação necessária para os fãs.

Mas, se na primeira série tivemos a luta dramática da tripulação do Archangel para impedir que a Terra e as PLANT, as colônias espaciais, se destruíssem com armas apocalípticas, Destiny mostra que um conflito com tanto ódio envolvido não poderia simplesmente terminar em um passe de mágica.

A nova série traz alvorecer de uma nova guerra, mas pelo olhar da pátria PLANT e, embora Athrun Zala e Kira Yamato estejam lá novamente com papéis importantes, o foco é a jornada de Shin Asuka e seus companheiros.

Natural de Orb, o garoto perdeu os pais e a irmã quando o país neutro foi atacado pelas forças terrestres. Acolhido pelas PLANT, uma vez que é Coordinator, ele já está no auge de sua carreira como militar da ZAFT, o exército das colônias, e foi escolhido pessoalmente pelo presidente Durandall, novo regente da nação espacial, para pilotar o Impulse Gundam, recém-desenvolvido mobile suit de estrutura modular.

Asuka logo exibe habilidades exímias de um piloto e um senso de heroísmo para proteger inocentes que só se comparam ao seu ódio pela nação de Orb, a qual culpa pela morte de sua família, por conta de sua posição de neutralidade na última guerra.

Uma nova batalha

A história de Gundam Seed Destiny também começa com um roubo. Três jovens pilotos, aparentemente a serviço da Federação da Terra, realizam um violento ataque a uma das colônias PLANT e levam consigo 3 máquinas experimentais, os Gundam Chaos, Abyss e Gaia.

Cabe agora a Shin, Lunamaria Hawke e Rey Za Burrel, outros intrépidos pilotos da nave protótipo Minerva perseguir os ladrões e tentar impedir outra guerra entre as duas nações. Mas, um ato terrorista que joga os destroços da colônia Junius Seven sobre o planeta acaba pulverizando qualquer esforço de paz.

Com isso, os membros da tripulação do Archangel, que vivem agora em Orb sob novas identidades, precisam voltar à ativa para impedir que a raça humana se extermine em um novo duelo entre Coordinators e Naturals.

Mas isso vai acabar deixando Athrun e Kira em lados opostos da guerra novamente? Como Cagalli Yula Attha vai lidar com a pressão de ser a nova governante do país? Orb seguirá neutra na guerra? E, principalmente, quem está por trás dos atos terroristas que estão levando os dois lados a lutar outra vez?

Dores do crescimento

Assim como a anterior, essa série tem força nas relações entre os personagens. Especialmente com os mais jovens e no esforço deles para amadurecer em meio a um conflito dessa escala. Enquanto o ódio de Shin, por exemplo, é um convite para a manipulação, Kira, Lacus Clyne, Athrun e Cagalli têm de suportar o peso de suas decisões e a pressão de encarar o mundo como adultos, mesmo que ainda não haja a capacidade mental para se comportar com desenvoltura como tal.

Entretanto, a repetição de alguns eventos, como o roubo dos Gundams logo no começo, acaba jogando contra o espectador que espera ser surpreendido o tempo todo. Além de haver uma ou outra história paralela que serve apenas para aumentar a carga dramática, mas que não contribui nada para o enredo como um todo.

Isso posto, o resultado geral é uma boa sequência. Há belos modelos de mobile suit, batalhas de tirar o fôlego e boas reviravoltas, que mudam constantemente o entendimento de quem é o inimigo real. Gundam Seed Destiny, assim como sua antecessora, está disponível legendada no catálogo brasileiro do Crunchyroll.

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