Gundam Hathaway empolga e antecipa futuro da franquia

Carlos Bazela
Gundam Hathaway empolga e antecipa futuro da franquia

Adiado por 2 vezes por conta da pandemia, Gundam Hathaway segue fazendo bonito em exibição nos cinemas japoneses. Segundo informações do Crunchyroll, o longa já passou a marca de um bilhão de ienes em bilheteria, o que dá mais ou menos R$ 46 milhões arrecadados. E, graças à Netflix, o filme está disponível no Brasil desde julho, com dublagem em português.

Ambientado na linha do tempo central da franquia, o Século Universal, o novo longa se passa no ano 105 desse calendário, ficando exatos 12 anos após os eventos de Char Contra-Ataca (1988), também no streaming, e tendo como protagonista Hathaway Noa, filho do comandante Bright Noa, um dos personagens mais importantes da série clássica.

Deslocado, o rapaz acaba virando um herói improvável ao salvar o voo no qual estava de violentos terroristas que dizem seguir ordens de Mafty Narue Erin, o autoproclamando herdeiro do legado de Char Aznable. Misterioso e frio, Mafty acredita que assassinar funcionários do alto escalão da Federação é a única saída para cessar os conflitos entre a Terra e o espaço.

No mesmo voo, estão a jovem Gigi Andalusia e Kenneth Sleg. Enquanto ela é uma mulher enigmática, que parece saber mais do que aparenta sobre Mafty e sua organização, Sleg é um oficial em ascensão das Forças Terrestres e está decidido a descobrir a identidade do inimigo e liquidá-lo. Para isso, ele conta com a mais nova arma produzida pela Anaheim Electronics: o enorme Gundam Penelope.

Mas, quem é o Mafty, afinal? Será ele mesmo o terrorista sanguinário que todos dizem?

Olhar neutro da guerra

O filme se destaca pela jornada de autoconhecimento do personagem, que está tentando sair de baixo da sombra de privilégios do pai para encontrar seu lugar no Universo e tentar descobrir, afinal, qual a diferença pode fazer em um conflito para o qual ele foi arrastado ainda adolescente e acabou tendo parte fundamental.

Outro acerto é o esforço da produção em não tomar partidos, mostrando erros e acertos de ambos os lados. Pelo menos, nesse primeiro momento. Assim, a obra traz tanto a motivação dos que lutam ao lado de Mafty, quanto as razões que fazem a Federação não ser tida como salvadora, ainda que vítima de ataques. Fugindo da dualidade de nação vilã e heroína, tão fora da realidade e ainda assim normais em histórias de guerra.

Um novo Século Universal

Ao se assistir Gundam Hathaway, um ponto importante é lembrar que se trata somente do primeiro capítulo de uma nova trilogia, cuja promessa é ambiciosa: mapear os próximos 100 anos do Século Universal. Dito isto, fica mais fácil aceitar não só o final aberto, como as batalhas entre Mobile Suits – traduzidas pela Netflix como Armaduras de Voo – que parecem abreviadas. Mesmo o aguardado duelo entre o Penelope e o Gundam Xi, estrela dos pôsteres de divulgação do filme.

Contudo, a animação belíssima em todos os detalhes e as diferentes mudanças de rumo enquanto os personagens se desenvolvem e despertam a atenção para o que vai acontecer nessa nova era de conflitos. Será o fim das hostilidades entre a Terra e o espaço? Teremos batalhas épicas entre novos Mobile Suits?

As duas sequências de Gundam Hathaway ainda não têm data para estrear.

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