Assistir a batalhas entre robôs, aparentemente, tem sido um dos sonhos do homem. Seja em animes como Gundam e Medabots, ou nos cinemas, com os Transformers, tais combates há tempos são imaginados e seguem acumulando fãs pelo mundo. Atualmente, lutas entre versões menores fazem sucesso em eventos de tecnologia. Porém, em desafio inédito, os japoneses da Suidobashi Heavy Industry e os americanos da MegaBots Inc. devem retirar este tipo de briga da ficção e protagonizar cenas semelhantes àquelas vistas no longa Gigantes de Aço (Real Steel, EUA, 2011).
Assim como ocorre entre os lutadores do Ultimate Fighting Championship (UFC), tudo começou com uma simples provocação (neste caso, por parte dos estadunidenses). “Vocês têm um robô gigante e nós temos outro. Vocês sabem o que precisa acontecer. Desafiamos vocês para um duelo”, declarou Matt Oehrlein, um dos fundadores da MegaBots, junto a Gui Cavalcanti, através de um vídeo postado no canal do empreendimento no YouTube (assista logo abaixo), no dia 30 de junho.
Para defender “a cultura da nação”, os nipônicos, não recuaram e aceitaram a proposta. “Não podemos deixar outro país vencer. Sim, nós lutaremos”, respondeu Kogoro Kurata, criador e atual CEO da Suidobashi Heavy Industry, no último domingo (05/07). O engenheiro demonstrou interesse em medir forças contra seus novos adversários, mas desdenhou dos norte-americanos ao pedir para montarem algo “mais legal”. Talvez a zombaria venha pelo fracasso da MegaBots numa campanha no Kickstarter, site de financiamento coletivo, em 2014. As reações de Kogoro estão no vídeo a seguir:
Deste modo, representando a equipe dos Estados Unidos, estará Mark II, com 4,5 metros de altura e 6 toneladas, e a capacidade de realizar movimentos variados e atirar bolas de tinta a 194 km/h (por meio de um canhão). No extremo oposto do ringue, protegendo a tradição da empresa japonesa que fabrica mechas desde o ano de 2012, ficará o Kurata, com 4 metros e o peso de 4,5 toneladas, portando uma metralhadora de ar comprimido, com 6 mil rotações por minuto, e um lançador apto para disparar diferentes tipos de projéteis (de bolas de água a fogos de artifício).
Mas estas máquinas oferecem perigo? E se caírem em mãos erradas? Há poder letal? Até o momento, tais criações não estão ligadas a ações militares ou missões deste tipo. A ideia das montadoras, a princípio, é usar os inventos “somente” para o entretenimento, por isso seguem modelos parecidos com aqueles exibidos no filme Círculo de Fogo (Pacific Rim, EUA, 2013) ou aos Megazords, de Power Rangers. Com isso, o provável objetivo será o desenvolvimento de uma “liga de lutas robóticas” tão popular e lucrativa quanto a Nascar e o UFC.
Se haverá ou não um campeonato oficial de combates entre robôs à la Gigantes de Aço, a resposta deverá ser revelada em 2016, quando o confronto está marcado para ocorrer.
Está aí um bom evento para ser transmitido pelo canal a cabo Premiere Combate. Afinal, não seriam estes os verdadeiros “gladiadores do século XXI”?