Exorcismo Sagrado explora tudo que o terror tem a oferecer

Isabelly Lima
Exorcismo Sagrado explora tudo que o terror tem a oferecer

Filmes de terror são sempre superestimados, pelos sustos, pelas inovações e pelos contextos em que são inseridos, mas também é preciso lembrar que um dos fatores que mais agradam o público nesse gênero é a relação de “bem x mal”, principalmente envolvendo tópicos religiosos. Exorcismo Sagrado é mais um desses longas feitos para fan service. Produzida em 2020 e lançada somente esse ano devido à pandemia, essa imersão conflituosa entre forças sobrenaturais é a nova aposta do diretor e roteirista venezuelano Alejandro Hidalgo (A Casa do Fim dos Tempos), distribuído no Brasil pela Imagem Filmes.

A trama narra a história do Padre Peter Willians (Will Beinbrink, de Dark) que está no México cuidando de uma pequena igreja de um vilarejo pobre, que sofre com a falta de recursos, em todos os sentidos. O padre lida com o peso de um grande pecado cometido no passado, o de ter quebrado seu voto de castidade após ser possuído por uma entidade maligna durante o exorcismo de Magali (Irán Castillo, de Perseguidos). Depois de 18 anos, o mesmo “demônio” vem o assombrar, possuindo o corpo de Esperanza (Maria Gabriela de Faría, a eterna Isa TKM do seriado juvenil) fruto de sua relação com Magali.

A religiosidade presente

Além do título que já se refere à igreja, o longa usa e abusa de tudo que é relacionado a ela, desde freiras até as imagens sagradas. Sendo isso um ponto positivo, já que o diretor aproveita da santidade envolvida para criar momentos de tensão, principalmente com a imagem de Jesus Cristo e também de Nossa Senhora, figura muito forte no México.

A maquiagem é bem feita e, junto com a fotografia escura e de tonalidades frias (que contrastam com as que estamos acostumados neste tipo de cenário), constrói bons sustos, mas sem levar nada ao realismo, já que quando se trata de forças sobrenaturais nada pode ser afirmado.

Sem muita inovação

Apesar de ser divertido para ver com os amigos, a narrativa não possui nada de novo, nada que nós já não tenhamos visto em diversos outros filmes de exorcismo por aí. Tentaram criar no final um ar de mistério, sugerindo uma continuação, mas um segundo filme seria completamente desnecessário, visto que a história contada foi o suficiente.

Para quem é amante da “sétima arte versão maligna”, Exorcismo Sagrado chega aos cinemas dia 10 de fevereiro. Levem álcool em gel, máscara e, se puderem, um amuleto protetor.

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