Chegando ao seu último episódio no canal Space, O Doutrinador – A Série acompanha a jornada de Miguel Montessanti, um agente de elite da polícia, que busca vingança contra os políticos corruptos do país, responsáveis pela morte de sua filha e pelas más condições do sistema público de saúde. Em entrevista, o ator Kiko Pissolato conta para o Boletim Nerd sobre a experiência de interpretar um anti-herói 100% brasileiro, a repercussão entre os telespectadores e sobre quais personagens o inspiraram nesta adaptação dos quadrinhos de Luciano Cunha.
“O fato de termos a série após a o filme, e tudo o que ele provocou em termos de repercussão, aumenta ainda mais a força desse personagem que representa muito para o cinema de gênero no país e para os quadrinhos nacionais”, afirma ele, lembrando o longa lançado em 2018 (confira aqui nossa crítica), que de certa forma resumia a história de origem do Doutrinador. “É um passo muito importante que foi dado com o filme e agora será fixado com a série”, completa. Na TV, a atração estreou em 1º de setembro, para uma temporada de 7 episódios.
Ambientado ao cenário nacional, O Doutrinador – A Série não precisou de muito tempo para cair no gosto dos fãs de cultura geek. “Me aproximei muito dessas pessoas que como eu, se identificam como um nerd. Com certeza as pessoas que já consumiam filmes de heróis, de ação e a cultura pop em geral, viram o filme e a maioria absoluta curtiu”, destaca Pissolato. “Fui convidado para ir em grandes e pequenos eventos pelo Brasil e pude sentir a grandeza e o alcance desse trabalho. Estamos de fato abrindo muitas portas com esse trabalho”, conta.
O personagem é fruto da indignação com o setor político. “As pessoas chamam o Doutrinador de herói pois sentem-se de alguma maneira vingadas por 500 anos de maus tratos nesse país maravilhoso em que vivemos. Somos reféns da classe mandatária desse país desde sempre”, aponta ele. No entanto, o artista pondera sobre a violência apresentada no seriado. “Nenhum crime é mais grave que atentar contra a vida de outra pessoa. O Miguel é um assassino, e ponto. Isso faz dele um anti-herói e não há discussões sobre isso”, explica.
Quando perguntado sobre quais os seus heróis preferidos na ficção, Kiko Pissolato responde: “Pantera Negra, Batman, Wolverine, Homem de Ferro entre tantos. E o Justiceiro, é claro”.