A 60ª animação da Walt Disney, o longa Encanto (Encanto, EUA, 2021) chega aos cinemas brasileiros em 25 de novembro com uma aventura fantástica ambientada na região das montanhas da Colômbia. Com sua equipe de produção fazendo uma verdadeira imersão na cultura do país sul-americano (clique aqui para saber mais), o resultado da animação é uma explosão de ritmos, cores e sentimentos familiares para os povos da América Latina.
Dirigido por Jared Bush (Zootopia), Byron Howard (Enrolados) e Charise Castro Smith (A Maldição da Residência Hill), o título apresenta a mágica casa da família dos Madrigal, onde todos foram agraciados com dons como cura, manipulação do clima, transmutação, etc. Todos menos a protagonista Mirabel (Stephanie Beatriz, de Brooklyn Nine-Nine). Aos 15 anos, ela lida com o peso de ser a única na família a não ter uma habilidade especial.
Porém, depois de três gerações, o milagre que faz a magia correr pelos Madrigal se mostra abalado, fazendo rachaduras percorrerem as paredes e a vela que representa essa dádiva ter sua chama próxima de se apagar. Diante dessa crise, Mirabel decide investigar o que está acontecendo com a mágica de sua casa e qual o impacto disso na família (e vice-versa). Sem um vilão clássico, a obra inova e se desenvolve sobre a resolução desse problema.
Nada é o que parece
Abrindo as portas da casa Madrigal, a produção explora aqueles conflitos particulares que muitas vezes nem são discutidos. Como a decepção da avó, Alma (María Cecilia Botero, de Nuevo rico, nuevo pobre), com a neta que não tem um dom. Ou o fardo de Luisa (Jessica Darrow, de Feast of the Seven Fishes) em estar sempre a postos com sua super força. E Isabela (Diane Guerrero, de Doom Patrol) que, apesar da beleza, quer assumir as imperfeições da vida.
Falando sobre reconciliação e a força do leito familiar, Encanto oferece um bonito retrato do que é a Colômbia (e a América do Sul em geral), onde por tradição as pessoas superam tragédias e diferenças com música, dança e comida. Outro ponto é a diversidade que o filme apresenta, valorizando as raízes indígenas, afro e espanholas do país, o que fica evidenciado nas feições, figurinos e sua arquitetura do longa.
