Doctor Who: Episódio especial de Natal apresenta a primeira Doutora

25 de Dezembro é uma data repleta de tradições, como a ceia, amigo secreto… E, para os whovians, é dia de ver o episódio especial de Natal da série Doctor Who – transmitido pela emissora britânica BBC e reproduzido em várias salas de cinema pela rede Cinemark – dando chances aos fãs de não só se despedirem do ator Peter Capaldi (The Musketeers) como o décimo segundo Doctor como do roteirista e do showrunner Steven Moffat (Sherlock), que estava desde 2010 à frente do programa. Um episódio que mexeria com um ou com os dois corações dos whovians.

“Twice Upon a Time” nos faz viajar no tempo mais do que já estamos acostumados a ver na série sobre o mais famoso Time Lord, levando o telespectador para um episódio do Doctor original antes de sua primeira regeneração e em seu encontro com sua versão do futuro, com um embate de gerações que é simbólico e nostálgico ao mesmo tempo. Primeiro Doctor (já que o intérprete original William Hartnell faleceu em 1975), o ator David Bradley (Argo Filch, de Harry Potter, e Lorde Frey, de Game of Thrones) interpreta com maestria e semelhança com Hartnell dão o toque nostálgico que envolve o episódio.

Assim como o final do ano, esse episódio é envolto de nostalgia, tanto para o espectador quanto para o próprio Doctor. De uma forma linda, o capítulo consegue tratar de um assunto tão humano quanto a vida, morte e as lembranças com o toque de ficção científica e história tão conhecido pelos fãs. Não temos uma trama frenética, cheia de Daleks e Cybermen querendo destruir a Terra, um ponto que no começo pode causar estranheza, mas é completamente compreensível já que o Natal é uma data leve, que traz esperança para todos – e aqui não é diferente.

Temos finalmente a tão esperada regeneração do Doctor. Diferente da excruciante e sofrida despedida do 10º Doctor interpretado pelo inesquecível David Tennant (Jessica Jones) e da nostálgica do décimo primeiro – vivido pelo popular Matt Smith (o Príncipe Phillip de The Crown) –, Capaldi traz um Doctor de 2 mil anos, cansado e pronto para descansar, uma vez até mesmo um Time Lord merece repouso após ver tantos planetas e épocas. Porém, na última hora ele decide por mais uma regeneração e ali temos um dos discursos mais belos e singelos que a série poderia nos entregar:

“You wait a moment, D o c t o r. Let’s get it right. I’ve got a few things to say to you. Basic stuff, first. Never be cruel, never be cowardly. And never ever eat pears! Remember, hate is always foolish, and love is always wise. Always try to be n i c e and never fail to be k i n d. Oh, and, you mustn’t tell anyone your name. No one will understand it anyway, except… except the children. Children can hear it sometimes, if their hearts are in the right place and the stars are, too. Children can hear your name. But nobody else… nobody else, e v e r.”

Antes de dar adeus à sua antiga versão, o 12º Doctor dá alguns conselhos ao seu novo rosto que virá e que pode ser levada como um conselho para nós mesmos: Não seja cruel, não aja covardemente, nunca coma peras(!). Lembre- se: “ódio é sempre uma tolice e amor é sempre sábio”. Temos um personagem que já viu tantas guerras, o fim de sua raça, tantas perdas e ainda assim tem esperança, sabe que o melhor caminho é o amor e a tolerância, lição essa que, em tempos de ódio, muitos humanos precisam ouvir palavras como as do Doctor. Após aceitar o fim de sua era, eis que acontece a regeneração, esta com uma novidade: a talentosa Jodie Whittaker (Black Mirror) surge como Doctor, isto é, a primeira vez que teremos uma mulher como o personagem desde que a série começou em 1963.

“Twice Upon a Time” tem todos os elementos que fazem de Doctor Who a série tão cultuada que é e foi além, mostrando que novos tempos virão. Muito bem-vinda, Décima Terceira Doctor – cuidado com os Daleks e seja brilhante!

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