Após a boa aceitação e o sucesso obtido por Arrow (2012), a próxima investida feita pela parceria entre a DC Comics e a Warner Bros. foi o lançamento de The Flash (2014), com Grant Gustin (de participações em Glee e 90210) no papel do “homem mais rápido do mundo”. Ao longo de 23 episódios, que compõem a primeira temporada, o que se vê é uma série divertida, cheia de personagens populares nas HQs, com fórmula envolvente e crossovers bem alinhados com o time de Oliver Queen (Stephen Amell, anunciado como Casey Jones, em As Tartarugas Ninja: Fora das Sombras).
Apresentado nos episódios The Scientist e Three Ghosts do programa estrelado pelo Arqueiro Verde, Barry cativou logo de início, pelo jeito tímido e atrapalhado, traços típicos de um jovem nerd. Assim, é nele que a trama se concentra, afinal, o rapaz procura o assassino de sua mãe, tenta livrar o pai (acusado de ter cometido o crime) da prisão e ainda precisa entender as habilidades especiais adquiridas depois de ser atingido por um raio (causado pela falha do acelerador de partículas da S.T.A.R. Labs).
Criada por Greg Berlanti (Animais Políticos), Andrew Kreisberg (Justiça Sem Limites) e pelo quadrinista Geoff Johns (roteirista do longa Shazam!, previsto para 2019), a aventura conta as origens do Flash, iniciando-se pelo treinamento com o misterioso Dr. Harrison Wells (Tom Cavanagh, de Zé Colmeia: O Filme), cientista responsável pelo incidente nos laboratórios. Como não poderia ser diferente, todo herói necessita de aliados, e, no seriado, a bioengenheira Caitlin Snow (Danielle Panabaker, de Instinto Secreto) e Cisco Ramon (Carlos Valdes, estreante), o divertido expert em tecnologia, se tornam os melhores amigos de Barry.
Entretanto, o show não se restringe aos feitos heroicos e explora a vida particular do protagonista, que sofre por insegurança e reprime seus sentimentos por Iris West (Candice Patton, de Entourage), a filha do policial Joe (Jesse L. Martin, de Código de honra), incumbido de cuidar Barry desde a tragédia na infância. A obsessão de Barry em recuperar a liberdade de seu pai, Henry (John Wesley Shipp, homenageado pela atuação como Flash, na série de 1990), é abordada, funcionando como plataforma para as grandes emoções da história.
Sem a ambição de adotar tons sombrios (uma tática adequada perfeitamente à produção), o programa transcorre num ritmo leve, o que não elimina a vasta aparição de vilões e conflitos. Aliás, entre os muitos antagonistas (apelidados por Cisco, com a devida criatividade), destacam-se Leonard Snart/Capitão Frio (Wentworth Miller, de Prison Break), o Gorila Grodd (David Sobolov, dublador de Drax, o Destruidor, no game Disney Infinity: Marvel Super Heroes) e Eobard Thawne/Flash Reverso (Matt Letscher, de The Carrie Diaries).
Outros seres “meta-humanos” (indivíduos que ganharam poderes assim como Barry Allen), envolvidos em tramas mais elaboradas, também foram incluídos, são os casos de Ronnie Raymond (Robbie Amell, primo de Stephen Amell, o Arqueiro), que, numa fusão acidental com o Dr. Martin Stein (Victor Garber, de Alias: Codinome Perigo), dá origem ao personagem Nuclear, e Bette Sans Souci/Plastique (Kelly Frye, de General Hospital), uma ex-militar vítima da instável capacidade de transformar qualquer objeto em explosivo. Pela curiosidade, vale conferir a participação de Mark Hamill (intérprete de Luke Skywalker, em Star Wars) na pele de James Jesse, o Trapaceiro.
Habilidosamente, The Flash consegue trabalhar com múltiplos heróis no mesmo plano de ação, algo que a Marvel desenvolve em Os Vingadores e tem evitado realizar na programação televisiva. Deste modo, o seriado não só faz divertidas parcerias com Arrow, como também introduz alguns dos membros de Legends of Tomorrow, a próxima grande atração da Warner (agendada para 2016).
Confirmando-se como boa aposta, a série tem potencial para muitas aventuras.
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