Estrelado por Kaya Scodelario e Barry Pepper – os dois de Maze Runner –, o filme Predadores Assassinos (Crawl, EUA, 2019) tem direção de Alexandre Aja (Viagem Maldita) e Sam Raimi (A Morte do Demônio) e é uma aposta certeira para quem gosta de terror.
Como consequência do sucesso de Tubarão (o longa de Steven Spielberg), a partir de 1976 houve uma onda de filmes onde humanos enfrentavam feras indomáveis. Tivemos uma enorme evolução nesse estilo e foi utilizado de tudo, como cobras, leões, ursos, piranhas ou qualquer outro animal que possa ser uma ameaça na cadeia alimentar. Na produção, o perigo são crocodilos, provando que esse estilo ainda pode ser explorado de uma forma muito bem feita.

A narrativa gira em torno de Haley (Scodelario) e seu pai, Dave Keller (Pepper), que ficam presos na sua antiga casa em uma zona de risco durante um furacão que chega à Flórida e, com o alagamento causado por fortes chuvas, acabam se deparando com grandes crocodilos assassinos. A tensão é construída de maneira agonizante e que te deixa apreensivo todo o tempo, com sustos que fazem você pular da cadeira.
Com um roteiro simples que explora a sobrevivência, a ação e a angústia, o longa se passa o tempo todo na residência dos Keller – com destaque para as cenas no porão, onde os protagonistas ficam encurralados. Os crocodilos, apesar das nuances e técnicas de recriação utilizadas, parecem ser muito naturais e ao mesmo tempo assustadores, o que torna o filme ainda mais impressionante.
Em uma sacada inteligente, o título busca ser “pé no chão” ao usar a a catástrofe natural como trampolim para o horror – acentuado pelas atuações de Scodelario e Pepper, que dão ar único para a obra e nos aproxima mais dos personagens. Com sustos na medida certa e que permanece do início ao fim, Predadores Assassinos não abre um gênero novo nem trás grandes inovações, mas vale muito a pena, especialmente para quem curte gritar de medo na sala de cinema.
Predadores Assassinos estreia nos cinemas brasileiros em 26 de setembro.